segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Minhas considerações sobre liturgia no BDSM


Percebo que muitas vezes alguns “Tops” fazem o uso da palavra liturgia para exigir certos tratamentos feito por bottoms e para também jugar seu comportamento e acho isso tremendamente errado pelo fato de muitos nem saberem de fato o que é a liturgia no BDSM.

Vejo a liturgia no BDSM como o conjunto de cerimônias ou rituais, o conjunto de pronomes de tratamento utilizados pelas pessoas umas com as outras em uma relação, não vejo como sendo liturgia os tais mandamentos escritos por qualquer pessoa pois esses não são bem aceitos além de muitas vezes irem contra aquilo que somos e as regras de nosso próprio relacionamento.

Liturgia para mim é algo seguido em um relacionamento ou grupo, sendo assim dizer você não faz isso como eu faço então não é praticante pois eu sou liturgico, é um comportamento de comparação no mínimo infantil.

Um exemplo, dizem que a cerimonia das rosas e de coleira fazem parte da liturgia, porém eu e meu dono não fizemos nenhuma delas e sim criamos nossa própria cerimonia, onde eu fiz um juramento a ele e ele gravou esse juramento.

Ele não deixou de ser meu mestre e eu nem escrava dele pelo fato de eu não ter tido a famosa cerimonia de encoleiramento, me senti propriedade dele no primeiro momento em que aceitei ser dele, tudo isso após conversas e negociações (já tínhamos tido uma sessão e isso me ajudou a decidir que eu queria pertencer a ele).

Se tem algo que adoro fazer é idolatra-lo, adoro beijar as mãos dele os pés e isso é um costume nosso. Podemos dizer que faz parte de nossa liturgia.

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