domingo, 31 de maio de 2015

Quando uma submissa diz sim..

Quando uma submissa negocia e aceita um dominador em sua vida novas portas se abrem para ela, novas sensações e descobrimentos, novos desejos e vontades, realização de sonhos e talvez ate receio de errar e não “ser o suficiente” para ele.
Quando uma submissa diz sim ao dominador, ela aceita ser usada, possuída, ensinada, adestrada, marcada, amada, cuidada, aceita ser um objeto, porém com um valor inestimável e aprende que o dominador a faz deixar seus medos e traumas em um passado distante.
Aprende que a partir do momento que as portas se abrem e ingressam nelas, elas a levam a um mundo maravilhoso, onde o único medo esta ligado a ansiedade pelo toque daquele que aceitou ensina-la e guia-la, ansiedade por não saber a ordem que as coisas irão acontecer, dominador esse que a quer de joelhos beijando seu pés, que dissipa todo pensamento negativo e qualquer aflição existente, que a quer perfeita e para isso irá lapida-la e molda-la ao seu gosto.
Aprende que não basta apenas se ajoelhar e obedecer, que é preciso devoção e respeito com aquele que merece. Aprende que o BDSM é muito mais que um jogo entre adultos, que apesar de não ter regras explicitas e escritas ele deve ser praticado de maneira consensual, aprende que deve saber se comportar e que tem muito mais a aprender, aprende que não deve seguir exemplos mas sim ser unica e ter prazer nisso.

Desabafo de uma cadelinha (praticante de pet play)

Às vezes me pego agindo como seu animalzinho
Com a cabeça em suas mãos para me alisar
Toda vez que saio do banho fico me sacudindo,
Tentando de toda a água em meu corpo me livrar.

Respondendo suas perguntas com os meus latidos,
Lambendo sua mão quando me oferece,
Louca pra coleira em meu pescoço colocar,
E passear com meu dono que me amor merece.

Vontade de uivar para a minha espécie comunicar,
O quanto me sinto amada e cuidada de verdade,
Esperando uma irmã para comigo brincar,
Abanando meu rabinho o tempo todo de felicidade,

Espero que ela escute o meu comunicado,
E venha ao nosso encontro, pois iremos aguardar,
Serei a cadelinha mais feliz do mundo,
Se uma irmã de coleira conseguir encontrar.


Pequeno resumo sobre o que é o acrônimo BDSM

O BDSM é um acrônimo para Bondage/ Disciplina, Dominação/ Submissão, Sadomasoquismo ou sadismo e masoquismo...

No BDSM podemos observar um conjunto grande de praticas e fetiches, que são todos realizados de forma consensual por pessoas adultas e responsáveis. Não é indicado que pessoas com doenças mentais graves pratiquem, pois isso estaria totalmente fora do conceito do SSC mesmo ele não sendo a única base do BDSM.

Bondage(B) está ligado a imobilização e restrição de sentidos do bottom, no caso amarrar, amordaçar, prender, algemar, etc. Cordas, algemas, correntes, fitas de tecidos, abraçadeiras, silver tape, papel filme, capuzes, vendas, prendedores são bem utilizados no meio, porém não se deve apertar para não prender a circulação de sangue na bottom. Pode ser usado o shibari também (bondage oriental).

Disciplina(D) é utilizada para treinamento da bottom, que pode ou não demonstrar alguma resistência em ser moldada como, por exemplo, as Brats que são bottoms, disciplina significa educar, castigar se necessário, etc.

Na dominação e submissão (DS) encontramos uma relação de troca de poder onde uma pessoa esta no comando e outra esta sendo comandada, quem esta no comando se denomina dominador (a) e sente prazer em dominar fisicamente e psicologicamente a bottom, que em questão que se caracteriza como submissa (o) por sentir prazer em ser dominada (o), se submeter, seguir ordens e obedecer. Nada impede que ambos também sejam sádicos e masoquistas e que realizem praticas SM. Os limites que são definidos pelo bottom  devem ser respeitados pelo top e vice versa.
No caso de relações D/s existem relações entre dominador (a) e submissa (o) e mestre (a)/ dono e escrava (o) cuja diferença esta no nível de entrega e no relacionamento existente.

Dentro do sadismo e masoquismo ou sadomasoquismo (SM) encontramos praticas ligadas a dor, humilhação da bottom (o) onde o sádico (top) é quem causa dor, sofrimento, humilha a bottom e sente prazer nesses atos. O masoquista (bottom) é quem sente prazer na dor, gosta de ser humilhado. Não existe nenhuma regra quanto à intensidade do ato para que se configure que uma pessoa é mesmo sádica (o) e outra masoquista (o).
Objetos muito usados são chicotes, chibatas, grampos, agulhas, cane, flogger, até mesmo ralador...

Esse é um resumo dos significados das palavras que compõe o acrônimo, porém o BDSM não se resume a apenas isso e veremos isso nos próximos textos.

Submissão e Escravidão: Vida

Submissão não é um ato de fraqueza, mas sim de força e controle onde se escolhe abrir mão disso por alguém a que resolvemos entregar nossa vida não somente nosso corpo dependendo da intensidade da relação. É um ato delicado que deve ser pensado, submissão não nasce conosco, com o tempo é que aprendemos o que ela significa e ganhamos conhecimento estudando sobre esse universo maravilhoso. Antes disso sentimos como se faltasse um pedaço de nós, como se estivéssemos perdidos, sentimos a felicidade longe, onde existe cada vez mais um lugar para a tristeza e carência, o que deixa nossa vida sem sentido. Não se torna submissa de uma hora para outra, o que existe é a fase em que nos desabrochamos assim como as flores que se tornam mais belas nessa fase, assim somos nós, quando nos descobrimos onde nossos olhos brilham, nossos atos se tornam mais delicados, a felicidade de se encontrar aparece e sentimos que esse é o nosso mundo. A submissão não é apenas se ajoelhar e obedecer, é fazer isso com amor,pelo prazer do dominador ou dono no caso de escravas que vem em primeiro lugar e ver a felicidade nos olhos dele e seu lindo sorriso não tem preço que pague o que torna nossa existência mais brilhante e o prazer dele o nosso. O amor citado é aquele amor de se submeter ao dominador ou dono por prazer e amor a ele e nao aquele amor pela pessoa apenas o que causaria uma obediência cega, uma submissão falsa pelo motivo errado. Na submissão aprende-se a se superar, a saber escutar e sentir as mais variáveis sensações, nosso corpo queima, não somente pelo calor deixado pelas mãos do dominador ou dono mas pelo desejo e vontade que percorre nossas veias, desejo de sentir o dono feliz, de sentir os olhos dele sobre nosso corpo. A existência dessa atração entre ambos é uma dadiva, assim como o companheirismo. Descobrir a escravidão consensual já é algo que vai além... Vai além da compreensão da sociedade em que vivemos... Vai além de um ato de prazer.... Vai além de um momento apenas...

Minha visão sobre irmã de coleira



Um assunto tratado por muitas bottoms com medo e repulsa, talvez porque alguns Tops não sabem lidar com mais de uma bottom e acabam tratando-as de forma diferente não porque necessitam, mas sim por falta de capacidade do Top em saber quais as necessidades individuais de cada uma.

Querer possuir mais de um bottom implica em grande responsabilidade por parte do Top, sendo que esse deve saber dar atenção de forma igual a todas e nutrir o mesmo sentimento por ambas, querer possuir mais de um bottom não é querer fazer ménage, pois o contexto desse fetiche é diferente do BDSM e bottoms não são brinquedos, mas sim pessoas. Já vi relatos de bottoms alegando sofrerem humilhações e maus tratos por suas irmãs, muitas entram até em depressão por não conseguirem lidar com a pressão imposta pela outra que se considera melhor.

Para mim irmã de coleira não é um limite, meu dono e eu buscamos uma irmã para mim, sei da responsabilidade que ele possui e o ajudo nessa busca, esperamos encontrar uma bottom para ser minha irmã. Creio que possuir uma irmã seja ter uma companheira, alguém para compartilhar as idéias, para rir brincar junto, alguém para somar felicidade e não dividir, alguém para aprender e também ensinar. Alguém para fazer o dono feliz e completo. Para junto comigo dar prazer a ele.

Com relação a sessões a 3 vai da negociação de cada um, meu dono deixa claro que será assim quando encontrar uma irmã. Nenhuma bottom é obrigada a aceitar a situação na negociação. Nenhuma bottom tem o direito de maltratar a irmã por conta do tempo na relação, o único superior sempre será o dono e o tempo que a bottom estiver na relação nos dias atuais não importa. Comparações não devem existir... Pois ambas são irmãs... Espero poder concluir essas ideias e um dia poder vir a falar sobre a entrada de uma bela bottom para esse lindo relacionamento.

A transformação da submissa em escrava.

Muitas mulheres que se descobrem submissas pensam em desistir desse desejo por conta de certos comportamentos de pessoas que se dizem praticantes, Tops que fazem uso desse "poder" para maltratar bottoms, enganar, se aproveitar e mentir. Algumas apenas possuem o sonho de serem submissas mas podem estar em outra categoria dos bottoms essas não sabem realmente se comportar e possuem crises de ciúmes a ponto de querer mandar no dono ( que para mim não consegue ser dominante o suficiente ou não percebe com quem está lidando).
Quando uma submissa no decorrer de seu aprendizado decide entregar-se por completo, ceder o controle de todos os aspectos de sua vida a outra pessoa ela está preparada para se tornar uma escrava consensual. Isso significa que ela quer pertencer integralmente a uma pessoa e viver um relacionamento de total troca de poder (TPE) sendo esse relacionamento 24/7.
Não significa que ela não terá limites e muito menos safe mas que ela esta mais aberta a práticas que antes ela poderia considerar impossíveis de serem realizadas. Uma escrava pode deixar "seus limites" nas mãos de seu dono para que ele os molde da maneira que sejam ultrapassados e que não fuja de nenhuma das bases que regem o BDSM. A confiança do mestre sobre a escrava e dela sobre ele terá de ser 100%. Porque esse nível de entrega é o mais alto das relações D/s.
A responsabilidade ainda continua sendo de ambos, a escrava precisa cuidar de si mesma porque ao receber ordens de cuidar de tudo que pertence ao dono isso automaticamente a inclui, o dono deverá dar assistência necessária a sua escrava para que ela não passe por nenhum problema, a escrava terá o dever de relatar qualquer problema consigo ao seu dono.
Na realização dessa transformação deverá estar claro todos os aspectos relacionados ao controle do top que normalmente é sobre as amizades, horários, atividades, roupas, maquiagem, tarefas enfim tudo relacionado a vida da bottom. Um mestre não deverá interferir no crescimento profissional da sua escrava e sim incentiva-la a crescer , buscar mais conhecimento, aprender e principalmente a não desistir de tais objetivos.

sábado, 30 de maio de 2015

Rape play


Rape play são jogos de estupro consentido onde a bottom consente que seu top realize tal jogo. Esse jogo requer extrema confiança pois a safeword não pode ser usada o que tornaria o momento mais real, a bottom realmente estaria a mercê do top para que ele faça o que quiser com ele e no caso de um arrependimento por parte dela ela poderia denunciar ele mesmo ela tendo consentido .
Jamais devem fazer uso de substancias externas para a realização da pratica, pois como todos sabem elas alteram a percepção dos praticantes os colocando em um risco que pode ser evitado. O máximo a ser feito é o top usar um perfume, creme ou algo diferente para a sensação de que a bottom o conhece seja a mínima possível.
Basicamente pode ser realizado dentro da casa da bottom ou fora levando em conta que alguns preferem deixar a cena mais real trazendo assim mais um elemento que seria o de abdução. O ideal para a realização de tal pratica e que seja realizada após tempo suficiente para que a bottom esqueça de que isso foi combinado. O top pode fazer uso de cordas, algemas, panos (roupas da bottom, rasgadas) para imobiliza-la e se ele preferir também usar uma mascará “ para não ser reconhecido” .
Junto com o elemento de Abdução, o top pode surpreender a bottom, ameaça-la com uma faca sem corte( por favor não estou incentivando a violência) ou ate mesmo assustar com sua força. Fazer uso de humilhações também deixaria o ato real. Coloca-la dentro de um porta malas e leva-la para outro lugar também pode ser aceitável, porém deve-se observar se não há pessoas no local ou próximo da onde estiver levando-a o que acabaria completamente com a brincadeira.
Estudar sobre possíveis danos causados a bottom é o mínimo que um top deve fazer levando em conta que a cena pode dar errado e a bottom realmente sair machucada. Não existe a obrigação de ter um kit de primeiros socorros vai do top em questão. Alguns materiais que você pode carregar é cordas, algemas, tesoura(cortar as cordas se necessário) se quiser também uma troca de roupa pra bottom que pode ou não ter sua roupa rasgada, silver tape para colocar na boca da bottom( isso diminuiria o possível escândalo e colocaria em menor risco alguém flagrar ambos) enfim as possibilidades não são apenas essas.


sexta-feira, 29 de maio de 2015

Pensamentos de uma escrava

Dizem que ao entrarmos pela porta do BDSM, jamais conseguiremos sair. Acredito nessa frase pois ao me descobrir eu não pensei em desistir, tive tristezas, achei que não conseguiria, mas sempre mantive a esperança de encontrar um dono que me transformasse em uma bela escrava e assim aconteceu. Me senti uma menina florescendo e se tornando mulher, descobrindo sobre o universo do BDSM, me excitando cada vez mais com o toque de meu dono e lhe dando prazer. Quando ouço falarem que escravas não possuem valor no coração de seu dono preciso discordar, pois só o mestre que possui uma escrava sabe o quanto ela é valiosa para si, sei disso pois seu meu valor para meu dono e sei que ele me ama e que estou aos pés dele. Tolices assim normalmente são escritas por gente que não vive ou não gosta de relações D/s, assim como essas pessoas também alegam não acreditar em 24/7 PPE(submissão) e 24/7 TPE (escravidão). Não obrigo ninguém a acreditar porém vivendo um relacionamento de escravidão 24/7 sei o quanto é real o que eu vivo e o que significa para mim. Aprendi que muitas pessoas usam as outras para conseguir prestígio e fama no meio virtual, inclusive me senti usada em um episódio que aconteceu e minhas amigas estão cientes disso. Meu dono me ajudou a enxergar o meu valor, a perceber que tenho a capacidade de ajudar o próximo, a sempre aumentar meu conhecimento e passar para aqueles que necessitam de minha ajuda. Sou sim uma escrava e mesmo sendo escrava não sou inferior aos Tops que vejo por aí, tenho minha opinião sobre vários assuntos e sei defender ela quando necessário. Posso ser mal educada na visão daqueles que me enviam mensagem e acham que sou solteira, porém não consigo entender como as pessoas adicionam qualquer um na sua lista de amigos sem ao menos visitar o perfil da pessoa. Essa sou eu, escrava do meu senhor, cadela do meu dono, baby do meu papai. E ser cadela ou baby não me faz menos escrava, não viver tendo como base o SSC não me torna uma irresponsável, pois para se contrapor a essa base possuímos o RACK, PRICK, RISSCK dentre outras, todas as bases possuem consensualidade, porém cada qual tem sua característica.

Por que muitos se escondem atrás de uma conta alternativa?

Através de algumas observações percebi a necessidade de separar os motivos que nos levam a usar perfis alternativos ao invés de um real. Quando adentrei no BDSM esse perfil era real, continha informações minhas, fotos, vídeos e amigos baunilhas e do BDSM, eu achava uma bobagem fazer um fake apenas para o bdsm então participava de grupos normalmente. Apenas algumas pessoas bem próximas a mim sabem desse meu estilo, porém nunca fui prejudicada por usar meu perfil real embora pudesse ter sido. Claro que ja fui abordada por alguns tolos e gente que comentava minhas fotos com comentários vulgares onde eu excluía tais comentários e bloqueava as pessoas.

Até que ao aceitar a coleira de meu dono recebi a ordem de fazer essa separação, onde meu dono abriu meus olhos para a importância que isso teria e eu entendi e o obedeci criando assim um perfil real e deixando esse para o BDSM. Primeiramente começarei falando de um bom motivo para manter uma conta alternativa e que eu e meu dono o utilizamos e mais algumas pessoas do meio também.

- Algumas pessoas trabalham com profissões que existem uma necessidade de manter-se como "exemplo", pois colegas possuem contato com tais pessoas nas redes sociais, tais como professores em escolas, empresas e patroes que possuem acesso ao facebook de seu funcionário, etc. Também preferem usar um perfil alternativo para proteger-se, proteger a família e amigos próximos de pessoas mal intencionadas que saem adicionando todos e desrespeitando. Outros motivos são usados por pessoas com falta de caráter como:

- Usar uma conta alternativa como praticante com a intenção de aplicar golpes em pessoas do meio, ou até mesmo conseguir informações das pessoas para chantagear;

- Continuando nessa linha de pensamento também vemos pessoas que fazem o uso de BDSM para encobrir relações ate mesmo abusivas e não se importam com o BDSM e nem mesmo com a vida da outra pessoa.

- Usar uma conta alternativa para esconder essa vida dupla de um companheiro baunilha vivendo assim em um mundo de 'fantasia" e as vezes até agindo como na realidade não é. A ultima opção para algumas pessoas é bem aceita, onde essas pessoas alegam que cada um faz o que quiser.