terça-feira, 15 de março de 2016

A tão famosa submissão de alma.


É comum no meio virtual aparecer pessoas com aquelas famosas frases: "Sou submissa de alma porque nasci assim". "Sou brat mas só preciso de um dominador de pulso firme."
Muitas utilizam tais frases para justificar suas atitudes, já vi meninas que se intitulavam brats e saiam distribuindo coices para todos os lados como se pra ser brat é necessário deixar a educação de lado.
Outras se dizem submissas de alma e por isso aceitam e trocam de coleiras virtuais no mínimo uma vez por semana fora as juras de amor e a anulação dos próprios desejos praticamente se tornando dependente de uma pessoa que mal conhece.
Atualmente o termo submissa de alma não possui valor algum, antes eu o entendia como sendo um termo para falar de nossa vocação para a submissão, do nosso pé nesse universo chamado BDSM, pois não nascemos submissas pelo fato de não nos submetermos a ninguém quando nascemos, respeitamos nossa família, mas não somos submissos deles. Quando crianças não temos maturidade alguma para descobrir algum prazer e mesmo assim sempre aparecem algumas pessoas e dizem que praticam BDSM desde os 8 ou 9 anos o que se torna motivo se piada. Sempre falo que se for assim prático wax play desde os 9 anos, pois nessa idade eu usava velas nas unhas para ficarem duras e gostava do calor da parafina e da textura dela.
A adolescência não é uma fase fácil, por isso dizer que se prática BDSM quando adolescente é algo difícil de se acreditar.
Algumas pessoas descobriram a vocação para o BDSM após experimentar uma relação comum ( baunilha) onde perceberam se o ideal era ficar com o companheiro ou ir em busca do seu prazer se aventurando no BDSM. Pode não ser uma decisão facil, pode se tentar " converter" o parceiro para o BDSM e caso não se consiga creio que seja necessário uma conversa franca ao invés de querer enganar aquele que pode te amar.
A submissão de alma em si não existe se trata apenas de uma expressão mal utilizada por muitas pessoas.
Somos submissas ou escravas porque sentimos prazer e não porque isso está em nossas almas.

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