sábado, 24 de outubro de 2015

TPE (Total Power Exchange: Total troca de poder)



De forma resumida para se dar uma introdução ao tema, TPE (Total Power Exchange), significa troca total de poder, o bottom é escravo na sessão e fora dela, deve satisfação ao top de tudo que faz, necessita de autorização para coisas que podem parecer algo simples, não possui segredos com seu dono, pode possuir poucos limites e esses se explorados pelo dono deve ser com maestria, só toma iniciativas quando lhe for ordenado ou quando for algo urgente, pode interromper uma sessão quando sentir que algo não esta dando certo.

Um top que opta por ter um escravo nessa relação deve ser capaz não apenas de ordenar, mas sim observar, liderar, ser capaz de fazer com que seu escravo sempre se sinta bem psicologicamente e fisicamente.

O escravo que opta por esse tipo de relação deve ter em mente que não deve ser subserviente, que deve estar disposto a observar suas próprias atitudes. Essa relação requer extrema confiança de ambos. Dizem que as bases mais adequadas para este tipo de relação é a CCC e o RACK.

Mitos mais comuns que muitos espalham por ai é que a relação só tem fim quando um dos lados morre, que no TPE o bottom não pode interromper uma sessão quando algo esta errado, que esse tipo de relação não tem contrato, o bottom não tem limites e muito menos negociação. Por eu viver uma relação TPE me atreveria a dizer que é o tipo de relação que mais necessita de negociação, pois a intensidade do domínio e controle do top sobre o bottom existente nela é maior do que em PPE e EPE, sendo assim o risco das praticas podem ser maiores tanto fisicamente quanto psicologicamente.

Contrato e negociação

A negociação ocorre como em qualquer outra relação, com a exposição de práticas preferidas, desejos, limites, exposição de visões importantes a respeito de tudo. Nesse tipo de relação o top deve ser um líder para o bottom, sanidade e consenso são aspectos que não podem ser esquecidos, pois são coisas que claramente demonstram a linha entre o abusivo e o permitido. Contrato como muitos já sabem não tem valor legal, não é algo obrigatório nem proibido, mas é algo importante para que se deixe claro o que foi negociado entre ambos, fora o valor simbólico que ele representa.

Então você iniciante, tire essa ideia de que você não tem limites e fará tudo que seu "dono" mandar, pois você não faz ideia do que realmente é uma relação e das consequências que você pode ganhar ao entrar no BDSM com esse pensamento. Algumas pessoas nem negociam e já entram em relações com o pensamento acima, se sujeitam a muitas coisa não por prazer, mas sim por comodidade e falta de estrutura psicológica.

Sobre limites

Uma relação TPE necessita ser prazerosa para ambos, sendo assim uma escrava PODE SIM TER LIMITES ou até mesmo deixar que o dono os explore (que posso dizer que é algo comum). Uma pessoa que diz não possuir limites não faz ideia das inúmeras praticas existentes, quer de certa forma se colocar como superior as outras, pois se for pra colocarmos em uma lista as praticas existentes e ver a respeito das mesmas garanto que apareceria muitas coisas que não apreciamos e não veríamos prazer.

Uma escrava não é obrigada a gostar, por exemplo, de práticas hards, scat, humilhação, uma escrava tem sim literalmente seu prazer baseado no do Dono, pois COMPATIBILIDADE é algo que deve existir para que uma relação assim realmente de certo, sendo assim dizer que uma escrava não pensa mais por si é outro equívoco que muitos cometem.

Não sei se é algo que apenas eu percebi, mas no meio virtual também vemos a prática de empréstimo sendo bastante ligada a esse tipo de relacionamento, eu e meu dono não somos adeptos
e mesmo assim somo bastante procurados por muitos caras que sequer são praticantes, maioria atrás de suruba. Venho aqui dizer que em um relacionamento assim a escrava também não é emprestada a outros se não quiser.

Muitos mascaram um relacionamento abusivo como sendo TPE e de 3 casais que vi que dizem possuir o mesmo tipo de relacionamento que eu 2 na realidade não eram TPE, um era virtual algo que não existe e outro era algo completamente abusivo, onde a menina até gostava de ser usada por qualquer um, mas o cara era mais cuckold que dominador e não dava a ela a assistência psicológica necessária, incentivando assim que ela realmente seja subserviente e pouco se importando com o bem-estar dela.

O relacionamento abusivo citado acima não foi percebido apenas por mim, mas por outras pessoas também sendo assim não é apenas uma opinião minha.

Meio Social e Profissional

Um mito bastante comum é que nesse tipo de relacionamento o bottom tem que largar a família, não tem que ter mais amigos, não pode trabalhar nem estudar assim evidenciando que o top realmente tem controle sobre o bottom.

Uma pessoa bem estruturada saberá que a partir do momento que aceita entrar nesse tipo de relacionamento, saberá que a família e amigos não darão opinião sobre seu relacionamento como fazem em um namoro ou casamento, pois sim em um namoro vemos frequentemente a família “se metendo” e muitas vezes os namorados acatam o que a família disse.

Nesse tipo de relacionamento o top não afasta a escrava de sua família e amigos, o que muitas vezes acontece é que a escrava não aceita palpites, convites para festas e outros lugares, não marca nada com amigas sem antes consultar o dono, toda decisão deve ser tomada pelo dono.

Uma escrava normalmente não sai de casa sem autorização do dono, cumpre suas tarefas como foi ordenado e ao contrario do que muitos dizem, no caso de indisposição essa pode comunicar o dono e esse decide com bom senso decide se ela cumprirá a tarefa ou não.

Ao entrar nesse relacionamento eu cortei aos poucos o laço de dependência que eu tinha com minha família, pois vivia sob o mesmo teto que eles e isso é algo que pesa quando queremos ser independentes e seguir nossa vida. Com aproximadamente dois meses de relacionamento com encontros frequentes eu e meu dono decidimos morar juntos, para minha mãe e avó foi um choque, porém é algo que já havíamos decidido e como eu já disse antes nada do que a minha família pudesse falar iria mudar minha decisão.

Combinamos de alguns finais de semana eu ir visitar eles, mas assim como outras decisões quem decide quanto tempo dura a visita o dia e hora é meu dono. Quando minha família me pede algo, eu simplesmente respondo: Tenho que ver com o Marcelo primeiro. Sendo assim eles já acostumaram a não pedir para mim e sim para meu dono.

Outro mito é o de que a escrava deve ser sustentada pelo dono, pois se ela trabalhar ele deixa de ter controle sobre ela. Acho que um bom dono estimula o crescimento profissional de sua posse, meu dono faz isso, adora quando aprendo algo novo, quando estudo bastante, quando demonstro minha inteligência, quando me comunico corretamente. Meu dono não quer uma pessoa que dependa dele para pensar.

Uma escrava não precisa ser masoquista a ponto de gostar de dor e humilhação intensas e esse é outro mito, onde a pratica hard esta ligada a entrega do bottom e não propriamente ao prazer dele. A humilhação pode ou não existir nessa relação e isso dependerá do que foi negociado, mas dizer que todo escravo gosta de humilhação e se não gostar não é escravo é um erro que algumas pessoas cometem.

Pela logica um escravo é mais passivo que um submisso em uma sessão, onde só faz sons, fala e se mexe se isso lhe foi autorizado. No aftercare o escravo fala sobre a sessão e o que sentiu se recebeu ordem ou autorização para isso, caso contrario permanecerá calado, ao contrario de um submisso que pode ter essa liberdade de falar quando quer.

Considerações finais

Dizer que só a morte acaba com um relacionamento TPE é um equivoco, porém pelo que sabemos assim como qualquer relacionamento saudável que ele dure o tempo de ser prazeroso para ambos. Pessoas que em menos de um mês possuem 3 relacionamentos estão fazendo algo errado ou não dando a devida importância a negociação. Eu e meu dono estamos caminhando para 11 meses de relacionamento, sou uma pessoa feliz e quero que isso dure para sempre. O que é diferente de aguentar ficar em um relacionamento por que você leu em um lugar que um dos lados tem que morrer primeiro. Eu e meu dono entramos com um tempo de treinamento em mente, mas não algo visando o fim da relação. Creio que em uma relação TPE ninguém entra já querendo sair.
Outro mito é o de que o unico direito do escravo é entregar a coleira. Creio que diante de algo errado na relação um top que valorize a relação que possui ira estimular um dialogo com sua posse para saber se ambos querem corrigir os erros ou dar um fim na relação. A comunicação é importante por isso ou vai ou fica nessa relação não cola e é tido como chantagem.

sábado, 17 de outubro de 2015

Por que sair do virtual para algumas pessoas é tão difícil?


Infelizmente é comum vermos pessoas que reclamam de não ter parceiros e quando surge uma chance para conhecer alguém inventam desculpas ou simplesmente nos ignoram. Existem também aqueles que teimam em manter uma relação virtual, nos pedem ajuda e quando vamos ver a relação nunca existiu onde a única dica a ser dada é: Saia do virtual.

Todos já foram iniciantes um dia e sabemos que o nervosismo, ansiedade e timidez são coisas que nos afetam em um primeiro encontro com alguém que nos interessou, também é importante a questão da nossa segurança por isso sempre recomendamos que façam seus primeiros encontros em locais públicos.

Apenas conhecendo alguém pessoalmente saberemos se é verdade tudo que a pessoa nos disse virtualmente, saberemos se poderemos confiar nela, se ela é realmente aquela que diz ser, como se comporta e se apresenta algum comportamento suspeito. Mesmo após encontros podemos nos enganar a respeito de alguém.

Sabemos também que não é fácil para alguns frequentarem eventos de BDSM pelo fato de muitos não terem tempo, dinheiro, morarem longe desses locais, porém não é isso que mais queremos ver e sim RELAÇÕES REAIS e EXPERIENCIAS REAIS, pois só estas podem realmente nortear quem esta iniciando agora.

Mas ai você me pergunta, como podem nortear quem esta iniciando agora se você acabou de dizer da dificuldade de ir a eventos?

Bom, percebo que a internet é um meio forte para a circulação de informações e é visível que informações sobre BDSM têm aos montes (certas e erradas), sendo assim podemos usar isso para ajudar as pessoas com nossas experiências, falando sobre praticas que gostamos, sobre procedimentos, perigos, dando alertas e desmentindo mitos. Isso é mais um motivo para desconfiar de quem nunca fala das tais experiências e diz ter anos de BDSM, de quem oferece ajuda, mas não apresenta nada feito por si mesmo, de quem defende relações abusivas, mentiras e traições.

Pode ser difícil encontrar alguém que nos complete e que more próximo, mas esse é o ideal. Quem busca algo sério não irá querer viver uma relação de aparências, irá querer conhecer e ter sessões com o parceiro, pois o que pregamos no BDSM é esse prazer, a realização de práticas, a aprendizagem real.

A teoria só possui sentido se colocada em pratica, de nada adiante ler a respeito de uma pratica que lhe atrai e você não der a cara a tapa e realizar isso. Só tentando saberá se irá dar certo e irá gostar, só praticando você Bottom saberá de seus limites quando o assunto for a intensidade das praticas.

Vemos muitos dizerem:
- Sou "isso", mas nunca pratiquei, nasci "isso".

Sério que tem gente que acredita nesse argumento de sou porque nasci assim?

Gente, você só será "isso" quando você praticar "isso", caso contrário só será mais um curioso e se acha que praticar virtualmente é a mesma coisa que realmente ser de fato esta redondamente enganado.

De nada adianta usar termos como sou submissa ou dominador de alma se você sequer teve uma relação real.
Por favor parem com isso, você só será mais um na lista dos que nem sabem o que é BDSM e esta no meio virtual pra passar seu tempo.
Descobrimos nosso prazer no BDSM, mas não nascemos praticando, descobrimos que temos um pé fora daquilo que maioria das pessoas consideram comum, nos tornamos praticantes por conta desse pésinho fora da casinha (mundo baunilha), nos descobrimos felizes assim e não somos superiores a casais baunilhas que podem ser perfeitamente felizes.

domingo, 11 de outubro de 2015

Características relacionadas à idade escolhida no age play


Ao descobrirmos que sentimos atração pela prática age play começamos a observar quais comportamentos gostamos de ter relacionando estes à idade equivalente e pode ou não ser uma tarefa difícil. Ao conhecer uma pessoa que também aprecia a prática sentimos ou não que este nos completa, pois busca o mesmo que nós, sendo assim este processo de aprendizagem é algo constante e que não pode ser forçado.

Já conversei com meninas que de certa forma sentiam-se pressionadas, pois seus “donos” gostariam que elas agissem com uma idade diferente daquela que elas gostariam realmente de agir, algumas aceitaram pelo fato de gostar da pessoa e ter medo de perder ela, coisa que no BDSM não é aceitável pelo fato de poder configurar uma chantagem emocional por parte do top sobre o bottom.
Escolher uma faixa etária é mais fácil do que escolher uma idade especifica. O bottom pode escolher uma idade ou faixa onde:

- De 0 aos 3 anos ( tipo Baby): É mais comum escolher uma idade acima dos 2 anos, onde o uso de objetos como brinquedos, mamadeira, chupeta, fralda, é importante para entrar no personagem. O comportamento dessa faixa de idade, por exemplo é o de começar a formar frases, gostar de ter companhia pra brincar, aprender a dançar no ritmo da musica, entender tudo que é dito ao seu redor e repetir (então papais e mamães não falem palavrão perto de suas crianças rsrs) e fazer perguntas.

- De 4 aos 6: a criança começa a realizar atividade e com o passar do tempo aprimora como por exemplo: desenhar, contar historias, começa a conhecer letras e números, pegar bola no ar, se equilibrar, ser independente querendo fazer as coisas sozinho, conhecer cores, copia adultos principalmente os responsáveis, colocar a culpa por algo no próximo, sabe diferenciar menino de menina, ter vergonha, é mais independente para brincar, falar na hora que esta comendo e gaguejar quando esta nervosa.

- De 7 aos 12 anos: nessa faixa etária a criança é mais independente, fala melhor, toma iniciativas, é mais sociável, pode ter mais responsabilidade, sabe o que pode ser fantasia e o que pode ser real.
As faixas etárias anteriores não apresentam comportamento sexual, onde o bottom que as escolhe realmente entra no personagem e se apresentam é de forma muito mais leve que a que estamos acostumados.

- Ultrapassando os 12 anos se entram na adolescência onde o comportamento e o interesse sexual aumenta com a maturidade, quando um bottom escolhe essa faixa etária normalmente é aquele que gosta de provocar e desafiar sexualmente, pode ser aquele que gosta de se passar por aluno e ter uma figura de professor que desperta seu desejo sexual, é aquele que gosta de sensualizar e ao mesmo tempo se comportar como uma pessoa ingênua. É comum o uso de roupas parecidas com uniformes escolares, porém não vejo que o estilo Lolita (japonês) é presente até por questões que é difícil encontrar tais vestimentas no Brasil e que na realidade esse estilo não tem a ver com o estilo Ninfeta e nem com o age play.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Menstruação e BDSM


Durante a menstruação estamos mais propensas a sensibilidade, alterações hormonais, dores de cabeça e cólicas e esse pode ser um dos motivos de algumas mulheres não gostarem de manter relações sexuais nesse período.

No BDSM isso se torna dúvidas nas cabeças de bottoms que não sabem como agir com seu parceiro quando estão menstruadas.

Não é regra, mas existem mulheres que sentem-se indispostas nesse período e uma sessão BDSM estaria fora dos planos. No meu caso depende de cada ciclo, no início sinto cólicas, dor de cabeça, cansaço, dor nas pernas, mas dias depois posso estar mais disposta e tenho uma sessão leve com meu dono por minha resistência ser baixa. Na última sessão que tivemos eu estava menstruada e pela primeira vez levei apenas uma cintada por não conseguir levar mais, achei estranho minha resistência ter diminuído a esse ponto, meu dono então pegou o chicote e utilizamos ele. Após a sessão coloquei uma fralda e fiquei deitadinha ao lado dele como sua bebê.

Algumas mulheres podem sentir vergonha por estarem menstruadas mas podem ter o desejo de fazer sexo ou ter uma sessão, nesse caso cabe ao top escolhido trabalhar isso caso não seja algum problema para ele, pois tem vários homens que recusam a mulher nesse período.

Tem também a questão das DSTs e infecções que durante esse período podem ser transmitidas se uma pessoa estiver infectada portanto como em qualquer outro relacionamento praticar BDSM durante esse período requer confiança no parceiro.

A questão psicológica também é afetada, por esse motivo percebo que meu dono evita cobrar muito de mim nesses dias, em duas sessões que tivemos no início da nossa relação e eu estava menstruada praticamos exibicionismo, isso foi algo que me ajudou com a vergonha e também me deu muito prazer.
Tem também formas de evitar que o parceiro entre em contato com o sangue da menstruação, algumas mulheres usam absorvente interno ou até mesmo algodão. Outras para diminuir a quantidade de sangue tomam longos banhos.

O uso de anticoncepcional é algo eficaz não somente para se proteger de uma gravidez, mas para regular a menstruação e diminuir os sintomas. Se uma bottom possui uma menstruação regulada ou não e tiver algo que a impeça de ter sessões nesse período cabe a ela comunicar o top na negociação para que não haja desencontros, se um dos lados da questão de ter uma sessão nesse período sempre é bom deixar claro.

A menofilia é a atração sexual por mulheres menstruadas e pode ser desde algo básico como a inalação do cheiro da menstruação a algo mais complexo como o ato de lamber absorventes usados.

É algo que pode existir ou não no BDSM e desde que não seja uma compulsão que prejudique ambos acho importante avaliar toda a questão de segurança que envolve as práticas.

Mestre: Líder


É comum no meio virtual vermos homens se intitulando como mestres, mas não demonstram conhecimento algum e quando dizem algo falam àquela besteira que não condiz com o BDSM.

Não preciso nem citar algumas figuras conhecidas no meio por escreverem baboseiras, se dizerem litúrgicos para se sentirem superiores a todos.

Mestre é um titulo dado por outras pessoas por merecimento e não dado por si mesmo, um mestre demonstra conhecimento e experiência sobre práticas, um mestre é aquele que sabe conduzir sua escrava pelos caminhos do BDSM, sabe observar todos os aspectos da vida de sua escrava e por esse motivo sabe quando ela esta bem ou não.

Um Mestre não necessita ser autoritário, mas sim um líder, pois um líder é aquele que conquista por sua capacidade e não por meio da força. Um líder sabe incentivar as pessoas que estão ao seu lado a crescerem, um líder sabe motivar, comandar, por esses motivos o Mestre assemelha-se ao líder, pois assim que imaginamos um Mestre.

Um Mestre não precisa ser dono de uma empresa nem precisa ser rico, apenas sabe que necessita ser um exemplo para sua escrava e quem o segue, o esforço realizado para sempre ser melhor é uma característica maravilhosa para um Mestre.

Um Mestre não é necessariamente um homem com mais de 40 anos, um Mestre é aquele que um dia foi iniciante assim como todos, porém estudou e passou a praticar aprendendo assim da forma correta que é a união do conhecimento teórico com a prática e que é o que nos leva a perfeição.

Um Mestre não é aquele Dino que pode ser um idoso casado e que brinca de dominar na internet, muitas vezes indo parar nas listas de denuncias por ser escroto e exigir tratamento vip por parte de todos.

Um Mestre não é aquele que escreve poemas e textos lindos sobre historias inventadas por ele para atrair submissas. Um Mestre não é aquela figura que tem um clã virtual e todos os dias logo cedo marca as 30 submissas desejando-lhes bom dia.

Um Mestre sabe que para dominar integralmente uma pessoa é necessário conhece-la completamente e isso só é possível se conviverem o máximo de tempo juntos.

Um Mestre não é aquele que esta em busca de uma empregada para limpar sua casa, mas sim aquele que sabe que se ela o servir dessa forma será porque ele mereceu que ela esteja aos pés dele.

Um Mestre busca uma pessoa que saiba o significado do prazer e que queira senti-lo sendo assim pessoas subservientes só atraem quem busca alguém que não sabe o significado da submissão e que seja daqueles tipos que acreditam em anulação, renuncia, que acreditam que uma escrava deve ser uma boneca inflável e que seu único direito seja sair da relação se algo não esta correto.

Da primeira vez que chamei meu dono de Mestre ele me olhou e me perguntou o porquê que o chamei assim. Olhei nos olhos dele e falei:

- Porque sabe me guiar e me conduzir, me incentivar, me conhece completamente e sente quando não estou bem, me domina integralmente, tem conhecimento e experiência...

É um verdadeiro Líder.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Dicas para pets

Proteção para joelhos

Muitas vezes para nós pets se manter na posição e se locomover acaba gerando não somente cansaço mas também machucados. De tanto andarmos machucamos as mãos e principalmente os joelhos, pois quando estamos como pets eles se tornam nossas patas.

Levando isso em consideração eu e meu dono tivemos a ideia de improvisar uma joelheira, evita que eu me machuque e é mais confortável para andar...

Usei na parte rosa 3 camadas de EVA ( em cada joelheira) em formato de circulo como podem ver na imagem no tamanho proporcional ao meu joelho, costurei em volta de todas para que ficassem bem presas.

A joelheira como podem ver é daquelas compradas em farmácia, sendo assim utilizei uma cola para aplicação em tecidos com tempo de secagem de 72 horas e colei os círculos na joelheira..
Agora posso brincar a vontade rsrs.


Posição

Alguns podem ter dificuldades de chegar nessa posição, principalmente se são pessoas que possuem dores nas costas, joelhos ou punhos... Sempre comece devagar, divida o peso do corpo igualmente entre os membros, tente empinar a bunda e erguer a cabeça de modo que não lhe incomode.

Explicação básica sobre os tipos de relações D/s


Muitas vezes você houve falar de que mulher que gosta de submeter só na sessão não é submissa, ou que dominador que só domina na sessão não é dominador. Sinto muito dizer mas quem sai espalhando isso por ai deve ser alguem que se julga superior, porém não abre os olhos e nem faz ideia de que sim, existem pessoas cujo prazer consiste só na sessão.

A tríade que descreve o estilo acima é a EPE (Erotik Power Exchange) que significa troca de poder erótico. Nessa tríade a pratica se resume a somente sessões, onde ambos podem manter qualquer relacionamento fora da sessão sendo amigos ou até mesmo namorados, por esse motivo julgamentos as pessoas que preferem essa tríade e seguem uma base corretamente são desnecessários. Podemos observar que muitos switchers acabam optando por essa tríade também, talvez pela dificuldade em encontrar um parceiro compatível para que possa ter algo a mais do que sessões ou até mesmo por se satisfazer em sessões.

PPE ( Partial Power Exchange) significa troca parcial de poder. Nessa tríade o bottom é submisso na sessão e fora dela também, existe o sentimento de posse, podemos dizer que também é aquela relação 24/7 onde o submisso pode escolher o que fazer na hora que achar necessário, não deve satisfação ao top de tudo que faz, pode escolher por exemplo que roupas vestir, o que comer, pra onde sair.

Mais intenso que PPE vemos a relação TPE (Total Power Exchange), que significa troca total de poder, o bottom é escravo na sessão e fora dela, deve satisfação ao top de tudo que faz, necessita de autorização para coisas que podem parecer algo simples, não possui segredos com seu dono, pode possuir poucos limites e esses se explorados pelo dono deve ser com maestria, só toma iniciativas quando lhe for ordenado ou quando for algo urgente, pode interromper uma sessão quando sentir que algo não esta dando certo. Um top que opta por ter um escravo nessa relação deve ser capaz não apenas de ordenar, mas sim observar, liderar, ser capaz de fazer com que seu escravo sempre se sinta bem psicologicamente e fisicamente. O escravo que opta por esse tipo de relação deve ter em mente que não deve ser subserviente, que deve estar disposto a observar suas próprias atitudes. Essa relação requer extrema confiança de ambos. Dizem que as bases mais adequadas para este tipo de relação é a CCC e o RACK.

Desabafos de uma bottom


O que atualmente criticamos não é o fato de pessoas se relacionarem com varias em pouco tempo, o grande problema é terem apenas alguns minutos de conversa e já se dizerem posse e dono sem nem ao menos terem se conhecido pessoalmente e tido uma boa negociação onde é exposto tudo aquilo que consideramos importante e o mais bobo disso é ver que aquela que disse que o ama hoje ontem fez o mesmo com outra pessoa e pra essa jurava amor eterno...

- Relações completamente banalizadas;
- Muitas mulheres se dizendo dommes e estão em busca de homens para sustenta-las julgando sua submissão por não apreciarem a prática de dominação financeira;
- Subserviência sendo tratada como a verdadeira submissão por todos os lados, mas na maioria dos casos é pelo povo que acha que pratica BDSM mas é virtualmente;
- Critica exacerbada ao sexo, como se o ato de transar fosse culpado por todos os problemas que vemos no BDSM, como se aquela pessoa que adora sexo fosse um aproveitador em busca de gente pra transar;
- Pessoas sem experiencia alguma compartilhando informações erradas e preconceituosas a respeito do BDSM;
- Falsos adeptos a práticas hards e liturgia fazendo o uso dessa falacia para desmerecer outras pessoas que gostam de algo mais leve ou que criaram suas própria liturgia;
- Gente que não faz ideia de práticas que podem ser incluídas no BDSM e se dizem sem limites, mas após a prática se faz de vitima;
- Tops que desfilam no facebook com varias "submissas" (para mim maioria não existe até que provem o contrário) como forma de atrair outras que podem realmente querer algo verdadeiro;
- Pessoas que utilizam métodos como coação e chantagem emocional para que bottoms aceitem determinadas praticas e comportamentos e chamam isso de dominação psicológica;
- Pessoas que possuem relações virtuais e chamam isso de dominação psicológica que pode ter o intuito de se passar por Mestre da dominação psicológica como se isso fosse um bicho de 7 cabeças;
- Pessoas se dizendo Bottoms e aplaudindo qualquer besteirol postado por um cara que se diz dominador e por conta desse tipo de comportamento infelizmente somos tratados como pessoas ignorantes e que não são capazes de aprender nem ensinar.

Creio que pelos motivos acima nosso objetivo nesse meio virtual é evitar mesmo que visões erradas acerca do BDSM e daquilo que o envolve seja passada, não é cagação de regras até por que sabemos que não existem regras no BDSM e sim Bases que o regem e a maioria das pessoas sequer te conhecimento.

Contrato no BDSM


Muito utilizado por praticantes que firmam um compromisso de uma relação 24/7, contrato é o nome que se da ao documento (sem valor legal) que firma o compromisso entre top e bottom que pode ser por um determinado tempo se for do desejo de ambos.

Nele é exposto praticas sexuais ou não que serão realizadas, limites ( flexíveis e rígidos de ambos), qual safeword e safesign que serão usadas pela bottom, coisas relacionadas a saúde de ambos como por exemplo alergias ou se a submissa faz uso de anticoncepcional e informações que ambos considerem importantes.

Serve como uma forma de proteção para ambos e também uma prova de que a relação é consensual e ambos estão comprometidos com o respeito aos limites do companheiro.

Entende-se como contrato de Escravidão o acordo feito entre as partes Mestre e Escrava, detalhando tudo dito acima, porém deixando claro que o tipo de relação é TPE e que como mestre e escrava ambos possuem responsabilidades um com o outro.

Com relação a alguma mudança no contrato recomenda-se q ambas as artes o revisem e se quiserem mudar algo façam um contrato novo rasgando o antigo.

Existem vários modelos de contratos e esse é apenas um que fiz baseado em outros para a utilização em meu livro O prazer da Dominação que pode ser encontrado no wattpad. Sempre lembrem-se, nenhum contrato é obrigado a ser igual a outro, a formatação do mesmo é de gosto pessoal.


CONTRATO DE RELAÇÃO D/s

Este contrato de relação d/s foi firmado no dia _ _ de _ _ _ _ _ _ _ _ _ de 20 _ _ com término em ___ entre
Nome: _____________________________________________
Assinatura: __________________________________________
(dominador)
E
Nome: _____________________________________________
Assinatura: __________________________________________
(submissa)

Para que as provas do consentimento de ambos sejam mais concretas, o contrato também deverá ser assinado por duas testemunhas:
1° testemunha:_____________________________________________
Assinatura: __________________________________________

2° testemunha:_____________________________________________
Assinatura: __________________________________________

I - Disposições preliminares:
Fica firmado o seguinte pacto entre dominador (a) e submissa (o)
a) A submissa esta disposta a servir seu dominador de acordo com o que ira ser estabelecido nesse contrato durante o tempo determinado.

II – Safeword (palavra de segurança) – A submissa ficará encarregada de escolher duas palavras que sejam fáceis para lembrar , uma palavra será para avisar que já está próximo de seu limite e a outra para avisar que já chegou .
Palavra escolhida para avisar que esta próxima do limite:
Palavra escolhida para avisar que chegou ao limite:

III - Restrições ao poder do dominador:
O dominador não tem o direito de:

a) Causar a morte da (o) submissa (o);
b) Aleijar a submissa (o);
c) Realizar práticas que não tenham sido aceitas pela submissa a não ser que seja como forma de punição e adestramento que da mesma forma serão consensuais;
d) Mentir e esconder algo da submissa;
e) Desrespeita-la;
f) Manter relações sexuais com terceiros.
O dominador deve evitar, na medida do possível:
a) Passar à submissa (o) tarefas a serem cumpridas durante seu horário de trabalho;
b) Não interromper seus estudos;

IV - Proibições da submissa
Fica a submissa (o) terminantemente proibida:

a) De manter segredos para com seu dominador:
b) De desacatar ordens de seu dominador.
c) De constranger o dominador com má vontade ou derivados.
d) Faltar com respeito ao dominador.
e) De manter relações sexuais com terceiros.

V - Formas de Punição

Sempre que a submissa (o) infringir qualquer um dos itens deste contrato, poderá ser punido a critério do dono. Nestas situações o dominador será o legislador, o policial, o juiz e o carrasco, tendo o direito de arbitrar qual castigo será aplicado e quando, onde e como.
A fim de impor sua vontade, o dominador pode punir a submissa física ou psicologicamente de forma arbitrária. Isto inclui o uso do que for acordado entre ambos.

VI - Tratamento entre as partes

Tirando quando estiverem na presença da família, a submissa sempre tratará o dominador com respeito e consideração, não sendo exigido o mesmo em contrapartida.

Ambiente público

É aquele ambiente de convívio social, frequentado por mais pessoas que não o dominador e a submissa; pessoas que não têm conhecimento da relação
de dominação/submissão que existe entre as partes.
Nestes locais, a não ser que o dominador especifique algo diferente, a submissa sempre o tratará como namorado comum. Usará inclusive o nome próprio do dominador.
Ambiente privado
Subentendem-se por ambiente privado aquele local onde todas as pessoas presentes conhecem a relação de cativeiro que existe entre a pessoa do dominador e a do submissa ou qualquer local que não haja ninguém.
Nestes locais a submissa sempre tratará Seu dominador por Senhor, ou por qualquer outro título determinado por Ele.
O dominador poderá dar a submissa qualquer título ou apelido que quiser.

VII – Limites Rígidos do Dominador:

O dominador não realizará:
- Needle play (jogo com agulhas);
- Blood play especificamente Cutting;
-Chuvas marrom, Romana e Dourada;
- Praticas com animais;
- Fire play;
- Inversão;
- Praticas que deixem marcas definitivas (Branding, Escarificação, etc);
- Mumificação;
- Rape play;
- Suspensão com ganchos.
- Práticas de Spanking hard

VIII – Práticas que a Submissa irá realizar ou não:

As opções marcadas com "x" são aquelas que a submissa se compromete a cumprir se lhe for ordenado, e as marcadas com "R" correspondem aos seus limites Rígidos, as com “F” correspondem aos seus limites Flexíveis e as com “C” correspondem a praticas que podem ser usadas como castigo. A intensidade das práticas será caracterizada como leve.

[1] Práticas que causam dor:
( ) spanking com cane
( ) spanking com Cinto
( ) spanking com chinelo
( ) spanking com Palmatória
( ) spanking com chicote curto
( ) spanking com chibata
( ) spanking com as maos
( ) Pinças ou beliscões nos mamilos
( ) spanking com chicote longo
( ) Chutes
( ) Socos/ Murros
( ) Uso de mordaça
( ) Tapas na cara
( ) Mordidas
( ) Grampos genitais

[2] Outras práticas:
( ) Humilhação
( ) Chuva prateada (inclui saliva, sêmen, suor)
( ) Xingamentos, palavras chulas
( ) Confinamento em jaula
( ) Uso permanente de Plug
( ) Beber Urina
( ) Privação temporária dos sentidos: Visão, audição, olfato, tato, paladar.
( ) Wax play
( ) Temperature play (com gelo e velas)
( ) Sensations play
( ) Uso de máscara, focinheira ou gag ball
( ) Imobilização com Cordas/ Algemas/ correntes/ fitas/ abraçadeiras
( ) bondage na cruz de santo andré
( ) Shibari
( ) Asfixia
( ) Estimulação elétrica
( ) Exibicionismo
( ) Voyeurismo
( ) Podolatria
( ) Pet play
( ) Age play
( ) Medical play
( ) Tickling
( ) Self bondage
( ) Water bondage

[3] Atividades sexuais:
( ) Masturbação - Ativo
( ) Masturbação- Passivo (apenas na presença do dominador)
( ) Fisting vaginal
( ) Fisting anal
( ) Figging anal
( ) Figging vaginal
( ) Introdução de líquidos pelo ânus (Enema)
( ) Ass play ( introdução de gelo no anus)
( ) Sexo oral - Ativo
( ) Sexo oral - Passivo
( ) Sexo anal/ Coito - Passivo
( ) Introdução de plugs, vibradores no ânus
( ) Introdução de plugs, vibradores na vagina
( ) Introdução de bolas no ânus
( ) Introdução de bolas na vagina
( ) Atividades menstruada

Espaço para observações importantes:
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- Ambos farão exames regularmente;
- A submissa toma anticoncepcional ou utiliza outros métodos para evitar gravidez? _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________.
- A submissa apresenta alergias? _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Entrevista com um praticante de BDSM com deficiência física

Cléber, tem 33 anos é de São Paulo, Dominador.


1- Sua deficiência é congênita ou adquirida?

R: Sofri um acidente em 2007 onde sofri uma queda de 9 metros. Na queda perfurei dois pulmões, quebrei a bacia e a coluna em algumas partes o que me resultou em uma lesão medular (paraplegia) fiquei paraplégico.


2- Como você se descobriu no BDSM?

R: Logo após a alta do hospital, chegar em casa e descobrir como seria minha vida de agora em diante, uma coisa me veio a mente: E agora a minha vida sexual? Minha ereção ficou prejudica devido a minha lesão um turbilhão de pensamentos surgiram em minha mente confesso. Mas um dia estava eu a fuçar o Orkut quando numa comunidade fetichista conheço uma garota, papo vai, papo vem, marcamos de sair e rolou de ficarmos juntos no mesmo dia. No meio das trocas de caricias a mesma me tira um chicote (flogguer da bolsa) e me fala Cleber usa isto em mim, mas me bata com força, como homem POR FAVOR! O medo tomou conta de mim naquele instante, pensei em larga-la ali, mas dei a chicotada mesmo assim, 1,2,5,varias,os gritos eram constantes, seu sexo escorria de prazer, ela gozou tanto com aquilo, que aquele tal ato de chicotear não saiu mais da minha cabeça e de minhas vontades, foi depois disto que comecei a pesquisar tudo sobre BDSM na internet, pois a então submissa que me apresentou a este universo era tão iniciante quanto eu.....


3- Você vive alguma relação atualmente ou se sente satisfeito com sessões?

R: Tenho uma submissa a qual agora em outubro completaremos um ano de D/s. Ela completamente iniciante, nunca havia tido qualquer informação sobre SM foi totalmente adestrada por mim. Mês a mês superando seus medos e anseios, claro que ainda existem limites entre nossa D/s, limites este que respeito, pois pra mim Dominação é obter o prazer de ambos e não apenas o meu.


4- Quais são as principais dificuldades encontradas para realizar as práticas que mais gosta?

R: O dominador usa de suas mãos para o spanking e de sua sabedoria para conduzir uma D/s, como só não mexo as pernas, não encontro nenhum tipo de dificuldade, mas pra você que esta lendo esta entrevista agora e é tetraplégico, ou possui algum tipo de deficiência saiba que você pode sim ser um dominador, quem falar ao contrario esta mentindo e não entende nada de BDSM.
5- Possui algum limite relacionado à sua deficiência?

R: Meu limite e não andar, apenas este rs


6- Você costuma lidar com o preconceito vindo de outros praticantes? Se sim que tipo de comentários fazem a seu respeito?

R: Imagina, fui muitoooooooooooo bem acolhido por outros praticantes do meio SM. Comentários a meu respeito são de que acha legal alguém superar tal deficiência dar a cara pra bater e mostrar que todos podem fazer e serem o que quiserem sem limites! Os limites as vezes somos nos mesmos que nos impomos. Dominadores que eu era fã e tive a oportunidade de conhecer porque me viram fazer cena na cadeira de rodas e acharam legal. Estou criando lindas amizades no meio e espero mantê-las.


7- Desde que passei a estudar sobre as deficiências mais comuns existentes, considero a deficiência física como a mais fácil de lidar desde que só afete a locomoção não outros quesitos como a sanidade, tenho esse pensamento pois sei que alguns tipos de deficiência podem oferecer perigo a quem pratica se não analisados corretamente e realizados uma adaptação se necessário. Você conhece outros praticantes com outro tipo de deficiência? Se sim poderia nos falar um pouco a respeito?

R: Olha não conheço outro top na cadeira de rodas como eu em SP pelo menos, mas sei que existem pessoas até cegas, tetraplégicas, sim no meio SM porque já me falaram.


8- Como foi para você se descobrir como praticante? Houve alguma forma de negação e aceitação de sua parte?

R: Ouve uma negação minha no começo, perguntas como: Será que estou ficando louco por gostar disto, será que sou normal? Mas acredito que numa
relação D/s onde se é feita com responsabilidade e cuidados, não existe nada de doentio e sim prazeroso.


9- Quais os cuidados que costuma tomar durante suas sessões?

R: Os cuidados são: respeitar a minha menina SSC TUDO SÃO, SEGURO,E CONSENSUAL !Sei o que posso ou não fazer com ela, pois foi eu quem a adestrei, sei como posso bater, com o que bater... Não sou sádico, apesar de gostar muiiiiiiiiito de spanking, não curto nada com sangue, este é um limite pra mim...


10- Sua deficiência afeta seu desempenho sexual? Se sim como você lida com isso? Foi fácil encontrar praticantes dispostos a ter uma sessão com você sem o pensamento de que não será prazeroso para ambos?

R: Sim, minha deficiência afetou a minha ereção, o que é algo extremamente importante para um homem... Bom, antes eu só dava prazer as mulheres, as fazia gozar e me sentia vazio, pensava: Poxa e eu? Minha ereção é ruim, só dou prazer, também quero voltar a senti-lo. Foi ai que resolvi viver minhas relações só de BDSM. Olha Ingrid, não vi preconceito nenhum comigo no meio quanto a submissas de eu ser paraplégico, pelo contrario vi muita aceitação! Sabe aquele ditado a curiosidade aguça os sentidos rsrs muitas delas tem esta curiosidade...