quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Continuação da história de Fernando e Luana.

Boa tarde gente...
Nossa quanto tempo neh?
Bom eu decidi transformar em um livro o conto De Fernando e Luana então peço para que comecem a acompanha-lo pelo wattpad.
Não postarei a continuação aqui mas sim no wattpad, então corram la e acompanhem.
Capítulos postados em terça e sexta.
Até mais, me sigam la, comentem, votem...

O prazer da Dominação - Ingrid de Aquino

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Minhas considerações sobre liturgia no BDSM


Percebo que muitas vezes alguns “Tops” fazem o uso da palavra liturgia para exigir certos tratamentos feito por bottoms e para também jugar seu comportamento e acho isso tremendamente errado pelo fato de muitos nem saberem de fato o que é a liturgia no BDSM.

Vejo a liturgia no BDSM como o conjunto de cerimônias ou rituais, o conjunto de pronomes de tratamento utilizados pelas pessoas umas com as outras em uma relação, não vejo como sendo liturgia os tais mandamentos escritos por qualquer pessoa pois esses não são bem aceitos além de muitas vezes irem contra aquilo que somos e as regras de nosso próprio relacionamento.

Liturgia para mim é algo seguido em um relacionamento ou grupo, sendo assim dizer você não faz isso como eu faço então não é praticante pois eu sou liturgico, é um comportamento de comparação no mínimo infantil.

Um exemplo, dizem que a cerimonia das rosas e de coleira fazem parte da liturgia, porém eu e meu dono não fizemos nenhuma delas e sim criamos nossa própria cerimonia, onde eu fiz um juramento a ele e ele gravou esse juramento.

Ele não deixou de ser meu mestre e eu nem escrava dele pelo fato de eu não ter tido a famosa cerimonia de encoleiramento, me senti propriedade dele no primeiro momento em que aceitei ser dele, tudo isso após conversas e negociações (já tínhamos tido uma sessão e isso me ajudou a decidir que eu queria pertencer a ele).

Se tem algo que adoro fazer é idolatra-lo, adoro beijar as mãos dele os pés e isso é um costume nosso. Podemos dizer que faz parte de nossa liturgia.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Venda de coleiras

Decidi colocar em pratica um desejo que há um tempo estava me rondando com a autorização de meu dono.
Fabricar coleiras delicadas para pets delicadas, com preço acessivel onde o cliente possa escolher o que mais lhe agradar.
Espero que apreciem e comprem.
Interessados me enviem um E-mail.
ingrid.aquino0112@gmail.com
Faço sob medida do pescoço da pet.

Switcher


Desde que entrei no bdsm venho estudando o comportamento de switchers e a literatura a cerca do assunto para compreender melhor o que na realidade é um switcher.

Tenho percebido que muitos não se assumem como sendo switchers por conta de na realidade não compreenderem que um switcher é alguém que não sente apenas prazer em dominar e se submeter mas sim em ESTAR EM AMBOS OS LADOS do bdsm TOP E BOTTOM.
Um top pode ser sádico, dominador, tamer, dono, etc

Um bottom pode ser masoquista, submisso, brat, pet, escravo, etc.

Sendo assim uma pessoa que goste de dominar, sinta prazer na dor é um switcher e não um dominador masoquista. Alguns consideram que ele é top apenas porque pode ordenar que alguém bata nele em uma sessão, porém estará como masoquista também o que define que essa pessoa possa ser considerada switcher sim.

Algumas combinações possíveis para um switcher:
- Sente prazer sem ser tammer e brat;
- Sente prazer em dominar e se submeter;
- Sente prazer em causar dor e sentir;
- Sente prazer em ser pet e ser dono também;
- Sente prazer em ser todos os anteriores juntos ou apenas alguns.

Enfim as combinações são muitas para que um switcher fique preso em apenas dominar e se submeter.

Bom, eu não considero switcher um top que teste algumas coisas em si como forma de treinamento, pois este não sente prazer nesse ato e sim esta aprendendo sobre o mesmo.

Também pode ser contraditório um submisso que faça praticas em si mesmo, pois realizar práticas é função do top e não do submisso. Se isso é feito com um computador entre eles nem preciso dizer que não é considerado bdsm relações virtuais. Em relações a distancia é comum o top dar ordens a submissa, porém o que fazer quando a submissa garante mais experiência como top do que o próprio top?

Sobre os tipos de relações que switchers vivem isso depende do que buscam.

Alguns conseguem possuir um bottom e ter um parceiro top, outros dão sorte de encontrar outro switcher, outros possuem irmãos de tbm são seus submissos.

Alguns são tops e bottoms na mesma sessão, outros são em sessões diferentes.

Alguns buscam parceiros de acordo com a necessidade (podem gostar mais de um lado).

Alguns podem com o tempo deixar que um dos seus lados adormeça.

Alguns descobrem com o tempo que gostam de ambos os lados.

Alguns descobrem de forma rápida esse prazer.

Assim como em todas as posições, nessa também pode existir os aproveitadores, pois estes dizem ser de determinadas posições apenas para conseguir pessoas para tirar proveito das mesmas. Dizerem ser tops para conseguirem dinheiro fácil (por conta da pratica money slave estar distorcida) e dizer serem submissos para suprir a carência que possuem.

Novamente dizendo, o prazer de um switcher pode não ser apenas dominar e se submeter, mas sim fazer o uso do leque de opções existentes.

sábado, 5 de dezembro de 2015

Aprendizagem continua de uma escrava


O processo de aprendizagem de uma escrava não é rápido, demoramos algum tempo para assimilar tudo de novo que quando eram apenas submissas não tínhamos contato, aprendemos o tempo todo e em tempo integral como sermos melhores para o nosso dono. Por exemplo, deixamos de lado qualquer mania que o desagrade e trabalhamos nisso para que seja esquecida, aprendemos a deixar tudo exatamente como ele gosta, aprendemos a deixar de gostar de muitas coisas que não fazem parte do universo dele, isso faz parte de ser uma escrava.

Um bom exemplo também é com relação a musicas, filmes, seriados, roupas e maquiagens dentre outras coisas, pois se o dono não gosta do mesmo tipo de musica, filmes e seriados que você, das roupas e da maquiagem que você, sua obrigação é mudar de acordo com os gostos dele. A alimentação é feita de acordo com o gosto do seu dono, novamente dando um exemplo pessoal: meu dono odeia cebola e eu adorava e não vivia sem, agora não coloco cebola em nenhuma refeição e quando como é fora de casa com permissão dele.

Ser uma escrava não é apenas ajoelhar e falar Sim Senhor, uma mulher que finge ser uma escrava logo tem sua mascara no chão, pois não suporta a pressão de um relacionamento TPE, briga, acha que o cara esta sendo abusivo, porém não abre os olhos que consentiu e aceitou entrar nessa relação. De certa forma mentiu para o top, pois podia sentir não estar preparada para o relacionamento e mesmo assim aceitou.

Um mestre e uma escrava não necessariamente utilizam-se somente de praticas SM, o BDSM não é composto apenas por SM, mas sim outros fetiches e praticas. A escrava esta sob o comando do top e pertence a ele de forma integral e isso não significa que as praticas são realizadas o tempo todo, apenas que a escrava estará disponível quando seu dono quiser.

Eu mesma sou uma pet e sempre passo por esse processo de adestramento sendo ensinada como uma cadela, tendo minhas características sendo treinadas, sendo moldada a ser um animal obediente, sendo libertada das amarras da sociedade e me divertindo com isso. Diversão essa que também possuo na pratica de age play a qual sou uma baby de aproximadamente 3 anos, onde necessito de cuidados de um papai que é também meu dono.
Concluindo: embora muitos achem uma relação TPE pesada com dominação em tempo integral e obediência, não conseguem imaginar como o campo de praticas BDSM pode ser grandes e que possam existir barreiras a serem ultrapassadas de forma a não cair em uma rotina.

Teoria e prática no BDSM-Comparações


Para mim assim como para pessoas que tive contato a teoria sem a prática é um "discurso vazio", pois de nada adianta a teoria quando não se é colocada em prática.

Quando descobri o BDSM e adentrei nele, fui aos poucos aprendendo sobre esse universo e cada vez me sentido "em casa". Já fazia faculdade e fui percebendo as semelhanças do bdsm com o curso que escolhi e agora decidi escrever sobre isso.
Pode parecer bobagem para alguém, mas é minha visão sobre duas coisas das quais possuo conhecimento.
Escolhi o curso de educação física para trabalhar em escolas que foi o que eu sempre quis. Durante as aulas fui percebendo que a teoria é tão importante quanto a prática assim como no BDSM, pois se você não possui conhecimento teórico sobre algo você poderá até tentar fazer porém não terá bons resultados. Da mesma forma se você de certa forma possui vivência com algo de forma rústica de nada adianta essa prática se você não aprimora-la com a teoria.
Posso saber a teoria de algo, mas isso não significa que sei a prática. Porém se um dia for praticar só poderei conseguir realizar da forma correta se eu fizer o uso do que aprendi na teoria.
Um assunto polemico que diz respeito as práticas é a sua frequência, quem possui conhecimento teórico e pratica por exemplo 3 vezes ao mês com certeza irá evoluir mais nesse quesito, do que aquele que prática por exemplo uma vez a cada 3 meses e passa mais tempo no virtual que no real.
Assim é o bdsm, é não desistir de aprender, pois o conhecimento que possuímos ninguém é capaz de nos tirar, é sempre aproveitar as oportunidades para perguntar e solucionar suas dúvidas sem vergonha, é se aperfeiçoar em algo que você já possui um conhecimento prévio, é não possuir preguiça de ler pois é lendo que se adquire conhecimento.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Como se tornar dono (a)?

Bom, há alguns meses escrevi um texto de como se tornar submissa, este texto seguirá o mesmo sentido do texto para submissas.

Bom, antes de ser dono (a) de alguém, uma pessoa deve se identificar com a dominação, pois conceitos de posse e propriedade possuem sentidos se ligados a D/s. Havendo essa identificação é importante que a pessoa recolha informações confiáveis a respeito do bdsm, de suas praticas, procedimentos, e todo o universo que lhe rodeia, de tudo o que lhe atrai.

Fazer amizades com praticantes reais é uma boa opção, tentar esclarecer duvidas é importante, pois quando dizem que ser submissa é difícil as pessoas não se atentam que na realidade a posição de TOP é que é mais difícil e a responsabilidade por erros sempre recairá sobre ele.

Uma pessoa iniciante não deve se sentir receio de pedir ajuda, pois humildade é algo que todos nós devemos ter.

Desconfie sempre, pois nem todos que dão conselhos na internet praticam realmente o BDSM, maioria dos que demonstram ter uma quantidade enorme de submissas sequer sabe o que é uma sessão. Quando alguém aparecer disposto a lhe ajudar analise se este realmente sabe o que diz, com quem se relaciona, quais seus círculos de amizade, pois de nada adianta o cara se dizer conhecedor do BDSM e da liturgia e dentro de um mês já tiver tido no mínimo 6 submissas, algo estaria errado nisso.

Antes de ir para a prática é bom que você tenha o básico de conhecimento teórico, se as praticas ligadas ao SM lhe atrai, saiba seus procedimentos, onde bater, como bater, o que pode usar, o que evitar, por exemplo se a ideia de usar velas lhe atrai, saiba quais você pode usar, qual distancia é adequada, o que não fazer, o que observar e principalmente, tenha em mente que quando encontrar uma submissa a questão da sensibilidade pode ser diferente e afetar o que você leu a respeito da distancia.

Outra pratica que pode lhe atrair é o bondage, nessa pratica você pode usar a restrição de sentidos e a física, é importante que saiba quais cordas é bom usar, como usar, que objetos você pode usar, o que fazer em caso de acidentes. Começar por amarrações simples e poucas restrições
físicas lhe da mais segurança para passar para uma próxima etapa.

Procure ver vídeos com tutoriais a respeito do que lhe atrai, eles são uma ótima fonte de conhecimento e são fáceis de entender, caso saiba outras línguas busque conteúdo de outros países também e compare.
Antes de ir para a pratica você deve conhecer alguém, negociar com essa pessoa, saber do que ela gosta e o que não gosta, saber informações importantes sobre ela, observar se o que ela diz é verdade. Aprenda, bottoms também mentem, então ser observador é algo que você não pode esquecer.

Após todo esse processo de comunicação e negociação você pode se sentir preparado para realizar uma sessão, isso é até mais interessante do que já iniciar um relacionamento, pois assim você saberá se rola uma interação boa com a parceira escolhida, se já tem em mente quais praticas gostaria de realizar e a pessoa consente com isso, não tenha medo, pois para se realmente ter uma relação solida é bom que vocês realmente sintam como se estivessem unidos, não há nada mais maravilhoso do que estar com alguém que te complete.

Começar fazendo apenas sessões pode para algumas pessoas parecer que você quer nada sério no bdsm, mas é muito melhor você unir a teoria a pratica dessa forma do que iniciar relacionamentos sequer chegar a ter uma sessão com a pessoa. Sempre deixe claro suas intenções e o que busca para que não seja mal compreendido.

Toda D/s possui um lado psicológico forte, eu poderia até mesmo dizer que não existe d/s sem dominação psicológica, pois a mente é o que mais trabalha em uma relação e nas sessões. Ao entrar em um relacionamento você precisa saber ler a sua parceira, saber como ela se sente, se esta feliz, se deseja algo mais e isso não significa que você servirá ela, mas sim que cuidará para que a relação não acabe por conta de falta de cuidado sua, você apenderá quais castigos são mais efetivos para que ela não cometa o mesmo erro, aprenderá a dosar o castigo com o erro cometido, a ultrapassar os limites se isso for desejo de ambos.

Algumas mulheres quando submissas envolvem-se emocionalmente com facilidade então tome cuidado com isso, pois em uma relação D/s ao contrário de relações baunilhas o prazer é o que vem em primeiro lugar, agir com a razão ao invés da emoção é sempre a melhor saida.

Se tiver a oportunidade de ir a lugares onde as pessoas conversem a respeito do bdsm vá quando estiver iniciando, mas caso contrário espere por uma boa oportunidade.

Bom, boa sorte e lembre-se sempre:

Teoria e pratica juntas o tornará um bom praticante.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Minha visão sobre dominação psicológica


De repente você conhece um cara na internet, passa a conversar com ele, ele se intitula mestre da dominação psicológica, compartilha textos bonitinhos e a faz acreditar que ele detém muito conhecimento a fazendo obedecer ele prometendo que um dia vão se encontrar, a faz aceitar irmãs virtuais com a desculpa que é pra ver ele feliz senão você o perde.

Opa!

Tem algo errado na história não tem?

Desde quando fazer o uso de chantagem emocional é dominação psicológica?

Desde quando essa pratica é realizada de forma virtual?

Pois é, infelizmente é muito comum na internet vermos situações assim ou parecidas, onde as pessoas usam da palavra dominação psicológica para justificar relações virtuais. Mas e ai como saber se o cara ta falando a verdade?

Eu diria que em uma conversa com alguém pessoalmente deve existir uma leitura de corpo, de gestos, de atitudes, de palavras e olhares. Através disso você sabe se a pessoa esta dizendo a verdade, pois seus argumentos e a forma como conduz a conversa não são falhos. Bom, não estou falando que o cara deve ser culto, não pode ser tímido ou estar nervoso no encontro, apenas creio que saber conversar e lidar com uma situação de forma natural é uma boa observação a ser realizada.

Sabe aquele incentivo que você como bottom recebe de seu dono (a) para cumprir alguma tarefa ou realizar uma pratica que lhe da coragem e a faz não temer?

Sabe aquela vergonha absurda que você tem de algo em si e que com a ajuda do seu dono vai embora?

Sabe aquele preconceito idiota que você tem contra alguma pratica e que seu dono a faz deixar de lado lhe mostrando que isso era bobagem da sua cabeça?

Sabe aquela pratica que você possui receio de realizar, mas seu dono durante a negociação (a) a faz querer a fazendo enxergar os benefícios e prazer que isso lhe trará lhe deixando curiosa?

Sabe aquela conversa durante a negociação em que o TOP utiliza bons argumentos para a incentivar e a convencer de algo?

Sabe aquele sentimento de que seu dono sabe o que você pensa mesmo você não dizendo a ele?

Sabe aquela leitura de corpo onde seu dono faz um gesto e você já sabe o que significa?

Sabe essa mesma leitura de corpo que a faz observar as atitudes dele e fazer você sentir cada vez mais prazer de se submeter a ele?

Sabe aquele momento que e Top demonstra conhecimento real sobre algo a fazendo confiar nele?

Sabe aquela analise que ele faz dos seus pontos fortes e usa isso a favor de ambos?

Isso para mim são exemplos de dominação psicológica, pois é o uso de incentivos, bons argumentos, benefícios, descobrir as qualidades de bottom através de uma analise a respeito dele, o fazer enxergar o quanto a relação será boa, o fazer relaxar e obter prazer extremo em uma sessão.

Para mim toda D/s possui dominação psicológica, dizer ser mestre ou não ser vai da cabeça de cada um, porém mais vale um Top humilde do que um que se diga Mestre e na realidade use de elementos não consensuais como se fosse dominação.



sábado, 24 de outubro de 2015

TPE (Total Power Exchange: Total troca de poder)



De forma resumida para se dar uma introdução ao tema, TPE (Total Power Exchange), significa troca total de poder, o bottom é escravo na sessão e fora dela, deve satisfação ao top de tudo que faz, necessita de autorização para coisas que podem parecer algo simples, não possui segredos com seu dono, pode possuir poucos limites e esses se explorados pelo dono deve ser com maestria, só toma iniciativas quando lhe for ordenado ou quando for algo urgente, pode interromper uma sessão quando sentir que algo não esta dando certo.

Um top que opta por ter um escravo nessa relação deve ser capaz não apenas de ordenar, mas sim observar, liderar, ser capaz de fazer com que seu escravo sempre se sinta bem psicologicamente e fisicamente.

O escravo que opta por esse tipo de relação deve ter em mente que não deve ser subserviente, que deve estar disposto a observar suas próprias atitudes. Essa relação requer extrema confiança de ambos. Dizem que as bases mais adequadas para este tipo de relação é a CCC e o RACK.

Mitos mais comuns que muitos espalham por ai é que a relação só tem fim quando um dos lados morre, que no TPE o bottom não pode interromper uma sessão quando algo esta errado, que esse tipo de relação não tem contrato, o bottom não tem limites e muito menos negociação. Por eu viver uma relação TPE me atreveria a dizer que é o tipo de relação que mais necessita de negociação, pois a intensidade do domínio e controle do top sobre o bottom existente nela é maior do que em PPE e EPE, sendo assim o risco das praticas podem ser maiores tanto fisicamente quanto psicologicamente.

Contrato e negociação

A negociação ocorre como em qualquer outra relação, com a exposição de práticas preferidas, desejos, limites, exposição de visões importantes a respeito de tudo. Nesse tipo de relação o top deve ser um líder para o bottom, sanidade e consenso são aspectos que não podem ser esquecidos, pois são coisas que claramente demonstram a linha entre o abusivo e o permitido. Contrato como muitos já sabem não tem valor legal, não é algo obrigatório nem proibido, mas é algo importante para que se deixe claro o que foi negociado entre ambos, fora o valor simbólico que ele representa.

Então você iniciante, tire essa ideia de que você não tem limites e fará tudo que seu "dono" mandar, pois você não faz ideia do que realmente é uma relação e das consequências que você pode ganhar ao entrar no BDSM com esse pensamento. Algumas pessoas nem negociam e já entram em relações com o pensamento acima, se sujeitam a muitas coisa não por prazer, mas sim por comodidade e falta de estrutura psicológica.

Sobre limites

Uma relação TPE necessita ser prazerosa para ambos, sendo assim uma escrava PODE SIM TER LIMITES ou até mesmo deixar que o dono os explore (que posso dizer que é algo comum). Uma pessoa que diz não possuir limites não faz ideia das inúmeras praticas existentes, quer de certa forma se colocar como superior as outras, pois se for pra colocarmos em uma lista as praticas existentes e ver a respeito das mesmas garanto que apareceria muitas coisas que não apreciamos e não veríamos prazer.

Uma escrava não é obrigada a gostar, por exemplo, de práticas hards, scat, humilhação, uma escrava tem sim literalmente seu prazer baseado no do Dono, pois COMPATIBILIDADE é algo que deve existir para que uma relação assim realmente de certo, sendo assim dizer que uma escrava não pensa mais por si é outro equívoco que muitos cometem.

Não sei se é algo que apenas eu percebi, mas no meio virtual também vemos a prática de empréstimo sendo bastante ligada a esse tipo de relacionamento, eu e meu dono não somos adeptos
e mesmo assim somo bastante procurados por muitos caras que sequer são praticantes, maioria atrás de suruba. Venho aqui dizer que em um relacionamento assim a escrava também não é emprestada a outros se não quiser.

Muitos mascaram um relacionamento abusivo como sendo TPE e de 3 casais que vi que dizem possuir o mesmo tipo de relacionamento que eu 2 na realidade não eram TPE, um era virtual algo que não existe e outro era algo completamente abusivo, onde a menina até gostava de ser usada por qualquer um, mas o cara era mais cuckold que dominador e não dava a ela a assistência psicológica necessária, incentivando assim que ela realmente seja subserviente e pouco se importando com o bem-estar dela.

O relacionamento abusivo citado acima não foi percebido apenas por mim, mas por outras pessoas também sendo assim não é apenas uma opinião minha.

Meio Social e Profissional

Um mito bastante comum é que nesse tipo de relacionamento o bottom tem que largar a família, não tem que ter mais amigos, não pode trabalhar nem estudar assim evidenciando que o top realmente tem controle sobre o bottom.

Uma pessoa bem estruturada saberá que a partir do momento que aceita entrar nesse tipo de relacionamento, saberá que a família e amigos não darão opinião sobre seu relacionamento como fazem em um namoro ou casamento, pois sim em um namoro vemos frequentemente a família “se metendo” e muitas vezes os namorados acatam o que a família disse.

Nesse tipo de relacionamento o top não afasta a escrava de sua família e amigos, o que muitas vezes acontece é que a escrava não aceita palpites, convites para festas e outros lugares, não marca nada com amigas sem antes consultar o dono, toda decisão deve ser tomada pelo dono.

Uma escrava normalmente não sai de casa sem autorização do dono, cumpre suas tarefas como foi ordenado e ao contrario do que muitos dizem, no caso de indisposição essa pode comunicar o dono e esse decide com bom senso decide se ela cumprirá a tarefa ou não.

Ao entrar nesse relacionamento eu cortei aos poucos o laço de dependência que eu tinha com minha família, pois vivia sob o mesmo teto que eles e isso é algo que pesa quando queremos ser independentes e seguir nossa vida. Com aproximadamente dois meses de relacionamento com encontros frequentes eu e meu dono decidimos morar juntos, para minha mãe e avó foi um choque, porém é algo que já havíamos decidido e como eu já disse antes nada do que a minha família pudesse falar iria mudar minha decisão.

Combinamos de alguns finais de semana eu ir visitar eles, mas assim como outras decisões quem decide quanto tempo dura a visita o dia e hora é meu dono. Quando minha família me pede algo, eu simplesmente respondo: Tenho que ver com o Marcelo primeiro. Sendo assim eles já acostumaram a não pedir para mim e sim para meu dono.

Outro mito é o de que a escrava deve ser sustentada pelo dono, pois se ela trabalhar ele deixa de ter controle sobre ela. Acho que um bom dono estimula o crescimento profissional de sua posse, meu dono faz isso, adora quando aprendo algo novo, quando estudo bastante, quando demonstro minha inteligência, quando me comunico corretamente. Meu dono não quer uma pessoa que dependa dele para pensar.

Uma escrava não precisa ser masoquista a ponto de gostar de dor e humilhação intensas e esse é outro mito, onde a pratica hard esta ligada a entrega do bottom e não propriamente ao prazer dele. A humilhação pode ou não existir nessa relação e isso dependerá do que foi negociado, mas dizer que todo escravo gosta de humilhação e se não gostar não é escravo é um erro que algumas pessoas cometem.

Pela logica um escravo é mais passivo que um submisso em uma sessão, onde só faz sons, fala e se mexe se isso lhe foi autorizado. No aftercare o escravo fala sobre a sessão e o que sentiu se recebeu ordem ou autorização para isso, caso contrario permanecerá calado, ao contrario de um submisso que pode ter essa liberdade de falar quando quer.

Considerações finais

Dizer que só a morte acaba com um relacionamento TPE é um equivoco, porém pelo que sabemos assim como qualquer relacionamento saudável que ele dure o tempo de ser prazeroso para ambos. Pessoas que em menos de um mês possuem 3 relacionamentos estão fazendo algo errado ou não dando a devida importância a negociação. Eu e meu dono estamos caminhando para 11 meses de relacionamento, sou uma pessoa feliz e quero que isso dure para sempre. O que é diferente de aguentar ficar em um relacionamento por que você leu em um lugar que um dos lados tem que morrer primeiro. Eu e meu dono entramos com um tempo de treinamento em mente, mas não algo visando o fim da relação. Creio que em uma relação TPE ninguém entra já querendo sair.
Outro mito é o de que o unico direito do escravo é entregar a coleira. Creio que diante de algo errado na relação um top que valorize a relação que possui ira estimular um dialogo com sua posse para saber se ambos querem corrigir os erros ou dar um fim na relação. A comunicação é importante por isso ou vai ou fica nessa relação não cola e é tido como chantagem.

sábado, 17 de outubro de 2015

Por que sair do virtual para algumas pessoas é tão difícil?


Infelizmente é comum vermos pessoas que reclamam de não ter parceiros e quando surge uma chance para conhecer alguém inventam desculpas ou simplesmente nos ignoram. Existem também aqueles que teimam em manter uma relação virtual, nos pedem ajuda e quando vamos ver a relação nunca existiu onde a única dica a ser dada é: Saia do virtual.

Todos já foram iniciantes um dia e sabemos que o nervosismo, ansiedade e timidez são coisas que nos afetam em um primeiro encontro com alguém que nos interessou, também é importante a questão da nossa segurança por isso sempre recomendamos que façam seus primeiros encontros em locais públicos.

Apenas conhecendo alguém pessoalmente saberemos se é verdade tudo que a pessoa nos disse virtualmente, saberemos se poderemos confiar nela, se ela é realmente aquela que diz ser, como se comporta e se apresenta algum comportamento suspeito. Mesmo após encontros podemos nos enganar a respeito de alguém.

Sabemos também que não é fácil para alguns frequentarem eventos de BDSM pelo fato de muitos não terem tempo, dinheiro, morarem longe desses locais, porém não é isso que mais queremos ver e sim RELAÇÕES REAIS e EXPERIENCIAS REAIS, pois só estas podem realmente nortear quem esta iniciando agora.

Mas ai você me pergunta, como podem nortear quem esta iniciando agora se você acabou de dizer da dificuldade de ir a eventos?

Bom, percebo que a internet é um meio forte para a circulação de informações e é visível que informações sobre BDSM têm aos montes (certas e erradas), sendo assim podemos usar isso para ajudar as pessoas com nossas experiências, falando sobre praticas que gostamos, sobre procedimentos, perigos, dando alertas e desmentindo mitos. Isso é mais um motivo para desconfiar de quem nunca fala das tais experiências e diz ter anos de BDSM, de quem oferece ajuda, mas não apresenta nada feito por si mesmo, de quem defende relações abusivas, mentiras e traições.

Pode ser difícil encontrar alguém que nos complete e que more próximo, mas esse é o ideal. Quem busca algo sério não irá querer viver uma relação de aparências, irá querer conhecer e ter sessões com o parceiro, pois o que pregamos no BDSM é esse prazer, a realização de práticas, a aprendizagem real.

A teoria só possui sentido se colocada em pratica, de nada adiante ler a respeito de uma pratica que lhe atrai e você não der a cara a tapa e realizar isso. Só tentando saberá se irá dar certo e irá gostar, só praticando você Bottom saberá de seus limites quando o assunto for a intensidade das praticas.

Vemos muitos dizerem:
- Sou "isso", mas nunca pratiquei, nasci "isso".

Sério que tem gente que acredita nesse argumento de sou porque nasci assim?

Gente, você só será "isso" quando você praticar "isso", caso contrário só será mais um curioso e se acha que praticar virtualmente é a mesma coisa que realmente ser de fato esta redondamente enganado.

De nada adianta usar termos como sou submissa ou dominador de alma se você sequer teve uma relação real.
Por favor parem com isso, você só será mais um na lista dos que nem sabem o que é BDSM e esta no meio virtual pra passar seu tempo.
Descobrimos nosso prazer no BDSM, mas não nascemos praticando, descobrimos que temos um pé fora daquilo que maioria das pessoas consideram comum, nos tornamos praticantes por conta desse pésinho fora da casinha (mundo baunilha), nos descobrimos felizes assim e não somos superiores a casais baunilhas que podem ser perfeitamente felizes.

domingo, 11 de outubro de 2015

Características relacionadas à idade escolhida no age play


Ao descobrirmos que sentimos atração pela prática age play começamos a observar quais comportamentos gostamos de ter relacionando estes à idade equivalente e pode ou não ser uma tarefa difícil. Ao conhecer uma pessoa que também aprecia a prática sentimos ou não que este nos completa, pois busca o mesmo que nós, sendo assim este processo de aprendizagem é algo constante e que não pode ser forçado.

Já conversei com meninas que de certa forma sentiam-se pressionadas, pois seus “donos” gostariam que elas agissem com uma idade diferente daquela que elas gostariam realmente de agir, algumas aceitaram pelo fato de gostar da pessoa e ter medo de perder ela, coisa que no BDSM não é aceitável pelo fato de poder configurar uma chantagem emocional por parte do top sobre o bottom.
Escolher uma faixa etária é mais fácil do que escolher uma idade especifica. O bottom pode escolher uma idade ou faixa onde:

- De 0 aos 3 anos ( tipo Baby): É mais comum escolher uma idade acima dos 2 anos, onde o uso de objetos como brinquedos, mamadeira, chupeta, fralda, é importante para entrar no personagem. O comportamento dessa faixa de idade, por exemplo é o de começar a formar frases, gostar de ter companhia pra brincar, aprender a dançar no ritmo da musica, entender tudo que é dito ao seu redor e repetir (então papais e mamães não falem palavrão perto de suas crianças rsrs) e fazer perguntas.

- De 4 aos 6: a criança começa a realizar atividade e com o passar do tempo aprimora como por exemplo: desenhar, contar historias, começa a conhecer letras e números, pegar bola no ar, se equilibrar, ser independente querendo fazer as coisas sozinho, conhecer cores, copia adultos principalmente os responsáveis, colocar a culpa por algo no próximo, sabe diferenciar menino de menina, ter vergonha, é mais independente para brincar, falar na hora que esta comendo e gaguejar quando esta nervosa.

- De 7 aos 12 anos: nessa faixa etária a criança é mais independente, fala melhor, toma iniciativas, é mais sociável, pode ter mais responsabilidade, sabe o que pode ser fantasia e o que pode ser real.
As faixas etárias anteriores não apresentam comportamento sexual, onde o bottom que as escolhe realmente entra no personagem e se apresentam é de forma muito mais leve que a que estamos acostumados.

- Ultrapassando os 12 anos se entram na adolescência onde o comportamento e o interesse sexual aumenta com a maturidade, quando um bottom escolhe essa faixa etária normalmente é aquele que gosta de provocar e desafiar sexualmente, pode ser aquele que gosta de se passar por aluno e ter uma figura de professor que desperta seu desejo sexual, é aquele que gosta de sensualizar e ao mesmo tempo se comportar como uma pessoa ingênua. É comum o uso de roupas parecidas com uniformes escolares, porém não vejo que o estilo Lolita (japonês) é presente até por questões que é difícil encontrar tais vestimentas no Brasil e que na realidade esse estilo não tem a ver com o estilo Ninfeta e nem com o age play.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Menstruação e BDSM


Durante a menstruação estamos mais propensas a sensibilidade, alterações hormonais, dores de cabeça e cólicas e esse pode ser um dos motivos de algumas mulheres não gostarem de manter relações sexuais nesse período.

No BDSM isso se torna dúvidas nas cabeças de bottoms que não sabem como agir com seu parceiro quando estão menstruadas.

Não é regra, mas existem mulheres que sentem-se indispostas nesse período e uma sessão BDSM estaria fora dos planos. No meu caso depende de cada ciclo, no início sinto cólicas, dor de cabeça, cansaço, dor nas pernas, mas dias depois posso estar mais disposta e tenho uma sessão leve com meu dono por minha resistência ser baixa. Na última sessão que tivemos eu estava menstruada e pela primeira vez levei apenas uma cintada por não conseguir levar mais, achei estranho minha resistência ter diminuído a esse ponto, meu dono então pegou o chicote e utilizamos ele. Após a sessão coloquei uma fralda e fiquei deitadinha ao lado dele como sua bebê.

Algumas mulheres podem sentir vergonha por estarem menstruadas mas podem ter o desejo de fazer sexo ou ter uma sessão, nesse caso cabe ao top escolhido trabalhar isso caso não seja algum problema para ele, pois tem vários homens que recusam a mulher nesse período.

Tem também a questão das DSTs e infecções que durante esse período podem ser transmitidas se uma pessoa estiver infectada portanto como em qualquer outro relacionamento praticar BDSM durante esse período requer confiança no parceiro.

A questão psicológica também é afetada, por esse motivo percebo que meu dono evita cobrar muito de mim nesses dias, em duas sessões que tivemos no início da nossa relação e eu estava menstruada praticamos exibicionismo, isso foi algo que me ajudou com a vergonha e também me deu muito prazer.
Tem também formas de evitar que o parceiro entre em contato com o sangue da menstruação, algumas mulheres usam absorvente interno ou até mesmo algodão. Outras para diminuir a quantidade de sangue tomam longos banhos.

O uso de anticoncepcional é algo eficaz não somente para se proteger de uma gravidez, mas para regular a menstruação e diminuir os sintomas. Se uma bottom possui uma menstruação regulada ou não e tiver algo que a impeça de ter sessões nesse período cabe a ela comunicar o top na negociação para que não haja desencontros, se um dos lados da questão de ter uma sessão nesse período sempre é bom deixar claro.

A menofilia é a atração sexual por mulheres menstruadas e pode ser desde algo básico como a inalação do cheiro da menstruação a algo mais complexo como o ato de lamber absorventes usados.

É algo que pode existir ou não no BDSM e desde que não seja uma compulsão que prejudique ambos acho importante avaliar toda a questão de segurança que envolve as práticas.

Mestre: Líder


É comum no meio virtual vermos homens se intitulando como mestres, mas não demonstram conhecimento algum e quando dizem algo falam àquela besteira que não condiz com o BDSM.

Não preciso nem citar algumas figuras conhecidas no meio por escreverem baboseiras, se dizerem litúrgicos para se sentirem superiores a todos.

Mestre é um titulo dado por outras pessoas por merecimento e não dado por si mesmo, um mestre demonstra conhecimento e experiência sobre práticas, um mestre é aquele que sabe conduzir sua escrava pelos caminhos do BDSM, sabe observar todos os aspectos da vida de sua escrava e por esse motivo sabe quando ela esta bem ou não.

Um Mestre não necessita ser autoritário, mas sim um líder, pois um líder é aquele que conquista por sua capacidade e não por meio da força. Um líder sabe incentivar as pessoas que estão ao seu lado a crescerem, um líder sabe motivar, comandar, por esses motivos o Mestre assemelha-se ao líder, pois assim que imaginamos um Mestre.

Um Mestre não precisa ser dono de uma empresa nem precisa ser rico, apenas sabe que necessita ser um exemplo para sua escrava e quem o segue, o esforço realizado para sempre ser melhor é uma característica maravilhosa para um Mestre.

Um Mestre não é necessariamente um homem com mais de 40 anos, um Mestre é aquele que um dia foi iniciante assim como todos, porém estudou e passou a praticar aprendendo assim da forma correta que é a união do conhecimento teórico com a prática e que é o que nos leva a perfeição.

Um Mestre não é aquele Dino que pode ser um idoso casado e que brinca de dominar na internet, muitas vezes indo parar nas listas de denuncias por ser escroto e exigir tratamento vip por parte de todos.

Um Mestre não é aquele que escreve poemas e textos lindos sobre historias inventadas por ele para atrair submissas. Um Mestre não é aquela figura que tem um clã virtual e todos os dias logo cedo marca as 30 submissas desejando-lhes bom dia.

Um Mestre sabe que para dominar integralmente uma pessoa é necessário conhece-la completamente e isso só é possível se conviverem o máximo de tempo juntos.

Um Mestre não é aquele que esta em busca de uma empregada para limpar sua casa, mas sim aquele que sabe que se ela o servir dessa forma será porque ele mereceu que ela esteja aos pés dele.

Um Mestre busca uma pessoa que saiba o significado do prazer e que queira senti-lo sendo assim pessoas subservientes só atraem quem busca alguém que não sabe o significado da submissão e que seja daqueles tipos que acreditam em anulação, renuncia, que acreditam que uma escrava deve ser uma boneca inflável e que seu único direito seja sair da relação se algo não esta correto.

Da primeira vez que chamei meu dono de Mestre ele me olhou e me perguntou o porquê que o chamei assim. Olhei nos olhos dele e falei:

- Porque sabe me guiar e me conduzir, me incentivar, me conhece completamente e sente quando não estou bem, me domina integralmente, tem conhecimento e experiência...

É um verdadeiro Líder.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Dicas para pets

Proteção para joelhos

Muitas vezes para nós pets se manter na posição e se locomover acaba gerando não somente cansaço mas também machucados. De tanto andarmos machucamos as mãos e principalmente os joelhos, pois quando estamos como pets eles se tornam nossas patas.

Levando isso em consideração eu e meu dono tivemos a ideia de improvisar uma joelheira, evita que eu me machuque e é mais confortável para andar...

Usei na parte rosa 3 camadas de EVA ( em cada joelheira) em formato de circulo como podem ver na imagem no tamanho proporcional ao meu joelho, costurei em volta de todas para que ficassem bem presas.

A joelheira como podem ver é daquelas compradas em farmácia, sendo assim utilizei uma cola para aplicação em tecidos com tempo de secagem de 72 horas e colei os círculos na joelheira..
Agora posso brincar a vontade rsrs.


Posição

Alguns podem ter dificuldades de chegar nessa posição, principalmente se são pessoas que possuem dores nas costas, joelhos ou punhos... Sempre comece devagar, divida o peso do corpo igualmente entre os membros, tente empinar a bunda e erguer a cabeça de modo que não lhe incomode.

Explicação básica sobre os tipos de relações D/s


Muitas vezes você houve falar de que mulher que gosta de submeter só na sessão não é submissa, ou que dominador que só domina na sessão não é dominador. Sinto muito dizer mas quem sai espalhando isso por ai deve ser alguem que se julga superior, porém não abre os olhos e nem faz ideia de que sim, existem pessoas cujo prazer consiste só na sessão.

A tríade que descreve o estilo acima é a EPE (Erotik Power Exchange) que significa troca de poder erótico. Nessa tríade a pratica se resume a somente sessões, onde ambos podem manter qualquer relacionamento fora da sessão sendo amigos ou até mesmo namorados, por esse motivo julgamentos as pessoas que preferem essa tríade e seguem uma base corretamente são desnecessários. Podemos observar que muitos switchers acabam optando por essa tríade também, talvez pela dificuldade em encontrar um parceiro compatível para que possa ter algo a mais do que sessões ou até mesmo por se satisfazer em sessões.

PPE ( Partial Power Exchange) significa troca parcial de poder. Nessa tríade o bottom é submisso na sessão e fora dela também, existe o sentimento de posse, podemos dizer que também é aquela relação 24/7 onde o submisso pode escolher o que fazer na hora que achar necessário, não deve satisfação ao top de tudo que faz, pode escolher por exemplo que roupas vestir, o que comer, pra onde sair.

Mais intenso que PPE vemos a relação TPE (Total Power Exchange), que significa troca total de poder, o bottom é escravo na sessão e fora dela, deve satisfação ao top de tudo que faz, necessita de autorização para coisas que podem parecer algo simples, não possui segredos com seu dono, pode possuir poucos limites e esses se explorados pelo dono deve ser com maestria, só toma iniciativas quando lhe for ordenado ou quando for algo urgente, pode interromper uma sessão quando sentir que algo não esta dando certo. Um top que opta por ter um escravo nessa relação deve ser capaz não apenas de ordenar, mas sim observar, liderar, ser capaz de fazer com que seu escravo sempre se sinta bem psicologicamente e fisicamente. O escravo que opta por esse tipo de relação deve ter em mente que não deve ser subserviente, que deve estar disposto a observar suas próprias atitudes. Essa relação requer extrema confiança de ambos. Dizem que as bases mais adequadas para este tipo de relação é a CCC e o RACK.

Desabafos de uma bottom


O que atualmente criticamos não é o fato de pessoas se relacionarem com varias em pouco tempo, o grande problema é terem apenas alguns minutos de conversa e já se dizerem posse e dono sem nem ao menos terem se conhecido pessoalmente e tido uma boa negociação onde é exposto tudo aquilo que consideramos importante e o mais bobo disso é ver que aquela que disse que o ama hoje ontem fez o mesmo com outra pessoa e pra essa jurava amor eterno...

- Relações completamente banalizadas;
- Muitas mulheres se dizendo dommes e estão em busca de homens para sustenta-las julgando sua submissão por não apreciarem a prática de dominação financeira;
- Subserviência sendo tratada como a verdadeira submissão por todos os lados, mas na maioria dos casos é pelo povo que acha que pratica BDSM mas é virtualmente;
- Critica exacerbada ao sexo, como se o ato de transar fosse culpado por todos os problemas que vemos no BDSM, como se aquela pessoa que adora sexo fosse um aproveitador em busca de gente pra transar;
- Pessoas sem experiencia alguma compartilhando informações erradas e preconceituosas a respeito do BDSM;
- Falsos adeptos a práticas hards e liturgia fazendo o uso dessa falacia para desmerecer outras pessoas que gostam de algo mais leve ou que criaram suas própria liturgia;
- Gente que não faz ideia de práticas que podem ser incluídas no BDSM e se dizem sem limites, mas após a prática se faz de vitima;
- Tops que desfilam no facebook com varias "submissas" (para mim maioria não existe até que provem o contrário) como forma de atrair outras que podem realmente querer algo verdadeiro;
- Pessoas que utilizam métodos como coação e chantagem emocional para que bottoms aceitem determinadas praticas e comportamentos e chamam isso de dominação psicológica;
- Pessoas que possuem relações virtuais e chamam isso de dominação psicológica que pode ter o intuito de se passar por Mestre da dominação psicológica como se isso fosse um bicho de 7 cabeças;
- Pessoas se dizendo Bottoms e aplaudindo qualquer besteirol postado por um cara que se diz dominador e por conta desse tipo de comportamento infelizmente somos tratados como pessoas ignorantes e que não são capazes de aprender nem ensinar.

Creio que pelos motivos acima nosso objetivo nesse meio virtual é evitar mesmo que visões erradas acerca do BDSM e daquilo que o envolve seja passada, não é cagação de regras até por que sabemos que não existem regras no BDSM e sim Bases que o regem e a maioria das pessoas sequer te conhecimento.

Contrato no BDSM


Muito utilizado por praticantes que firmam um compromisso de uma relação 24/7, contrato é o nome que se da ao documento (sem valor legal) que firma o compromisso entre top e bottom que pode ser por um determinado tempo se for do desejo de ambos.

Nele é exposto praticas sexuais ou não que serão realizadas, limites ( flexíveis e rígidos de ambos), qual safeword e safesign que serão usadas pela bottom, coisas relacionadas a saúde de ambos como por exemplo alergias ou se a submissa faz uso de anticoncepcional e informações que ambos considerem importantes.

Serve como uma forma de proteção para ambos e também uma prova de que a relação é consensual e ambos estão comprometidos com o respeito aos limites do companheiro.

Entende-se como contrato de Escravidão o acordo feito entre as partes Mestre e Escrava, detalhando tudo dito acima, porém deixando claro que o tipo de relação é TPE e que como mestre e escrava ambos possuem responsabilidades um com o outro.

Com relação a alguma mudança no contrato recomenda-se q ambas as artes o revisem e se quiserem mudar algo façam um contrato novo rasgando o antigo.

Existem vários modelos de contratos e esse é apenas um que fiz baseado em outros para a utilização em meu livro O prazer da Dominação que pode ser encontrado no wattpad. Sempre lembrem-se, nenhum contrato é obrigado a ser igual a outro, a formatação do mesmo é de gosto pessoal.


CONTRATO DE RELAÇÃO D/s

Este contrato de relação d/s foi firmado no dia _ _ de _ _ _ _ _ _ _ _ _ de 20 _ _ com término em ___ entre
Nome: _____________________________________________
Assinatura: __________________________________________
(dominador)
E
Nome: _____________________________________________
Assinatura: __________________________________________
(submissa)

Para que as provas do consentimento de ambos sejam mais concretas, o contrato também deverá ser assinado por duas testemunhas:
1° testemunha:_____________________________________________
Assinatura: __________________________________________

2° testemunha:_____________________________________________
Assinatura: __________________________________________

I - Disposições preliminares:
Fica firmado o seguinte pacto entre dominador (a) e submissa (o)
a) A submissa esta disposta a servir seu dominador de acordo com o que ira ser estabelecido nesse contrato durante o tempo determinado.

II – Safeword (palavra de segurança) – A submissa ficará encarregada de escolher duas palavras que sejam fáceis para lembrar , uma palavra será para avisar que já está próximo de seu limite e a outra para avisar que já chegou .
Palavra escolhida para avisar que esta próxima do limite:
Palavra escolhida para avisar que chegou ao limite:

III - Restrições ao poder do dominador:
O dominador não tem o direito de:

a) Causar a morte da (o) submissa (o);
b) Aleijar a submissa (o);
c) Realizar práticas que não tenham sido aceitas pela submissa a não ser que seja como forma de punição e adestramento que da mesma forma serão consensuais;
d) Mentir e esconder algo da submissa;
e) Desrespeita-la;
f) Manter relações sexuais com terceiros.
O dominador deve evitar, na medida do possível:
a) Passar à submissa (o) tarefas a serem cumpridas durante seu horário de trabalho;
b) Não interromper seus estudos;

IV - Proibições da submissa
Fica a submissa (o) terminantemente proibida:

a) De manter segredos para com seu dominador:
b) De desacatar ordens de seu dominador.
c) De constranger o dominador com má vontade ou derivados.
d) Faltar com respeito ao dominador.
e) De manter relações sexuais com terceiros.

V - Formas de Punição

Sempre que a submissa (o) infringir qualquer um dos itens deste contrato, poderá ser punido a critério do dono. Nestas situações o dominador será o legislador, o policial, o juiz e o carrasco, tendo o direito de arbitrar qual castigo será aplicado e quando, onde e como.
A fim de impor sua vontade, o dominador pode punir a submissa física ou psicologicamente de forma arbitrária. Isto inclui o uso do que for acordado entre ambos.

VI - Tratamento entre as partes

Tirando quando estiverem na presença da família, a submissa sempre tratará o dominador com respeito e consideração, não sendo exigido o mesmo em contrapartida.

Ambiente público

É aquele ambiente de convívio social, frequentado por mais pessoas que não o dominador e a submissa; pessoas que não têm conhecimento da relação
de dominação/submissão que existe entre as partes.
Nestes locais, a não ser que o dominador especifique algo diferente, a submissa sempre o tratará como namorado comum. Usará inclusive o nome próprio do dominador.
Ambiente privado
Subentendem-se por ambiente privado aquele local onde todas as pessoas presentes conhecem a relação de cativeiro que existe entre a pessoa do dominador e a do submissa ou qualquer local que não haja ninguém.
Nestes locais a submissa sempre tratará Seu dominador por Senhor, ou por qualquer outro título determinado por Ele.
O dominador poderá dar a submissa qualquer título ou apelido que quiser.

VII – Limites Rígidos do Dominador:

O dominador não realizará:
- Needle play (jogo com agulhas);
- Blood play especificamente Cutting;
-Chuvas marrom, Romana e Dourada;
- Praticas com animais;
- Fire play;
- Inversão;
- Praticas que deixem marcas definitivas (Branding, Escarificação, etc);
- Mumificação;
- Rape play;
- Suspensão com ganchos.
- Práticas de Spanking hard

VIII – Práticas que a Submissa irá realizar ou não:

As opções marcadas com "x" são aquelas que a submissa se compromete a cumprir se lhe for ordenado, e as marcadas com "R" correspondem aos seus limites Rígidos, as com “F” correspondem aos seus limites Flexíveis e as com “C” correspondem a praticas que podem ser usadas como castigo. A intensidade das práticas será caracterizada como leve.

[1] Práticas que causam dor:
( ) spanking com cane
( ) spanking com Cinto
( ) spanking com chinelo
( ) spanking com Palmatória
( ) spanking com chicote curto
( ) spanking com chibata
( ) spanking com as maos
( ) Pinças ou beliscões nos mamilos
( ) spanking com chicote longo
( ) Chutes
( ) Socos/ Murros
( ) Uso de mordaça
( ) Tapas na cara
( ) Mordidas
( ) Grampos genitais

[2] Outras práticas:
( ) Humilhação
( ) Chuva prateada (inclui saliva, sêmen, suor)
( ) Xingamentos, palavras chulas
( ) Confinamento em jaula
( ) Uso permanente de Plug
( ) Beber Urina
( ) Privação temporária dos sentidos: Visão, audição, olfato, tato, paladar.
( ) Wax play
( ) Temperature play (com gelo e velas)
( ) Sensations play
( ) Uso de máscara, focinheira ou gag ball
( ) Imobilização com Cordas/ Algemas/ correntes/ fitas/ abraçadeiras
( ) bondage na cruz de santo andré
( ) Shibari
( ) Asfixia
( ) Estimulação elétrica
( ) Exibicionismo
( ) Voyeurismo
( ) Podolatria
( ) Pet play
( ) Age play
( ) Medical play
( ) Tickling
( ) Self bondage
( ) Water bondage

[3] Atividades sexuais:
( ) Masturbação - Ativo
( ) Masturbação- Passivo (apenas na presença do dominador)
( ) Fisting vaginal
( ) Fisting anal
( ) Figging anal
( ) Figging vaginal
( ) Introdução de líquidos pelo ânus (Enema)
( ) Ass play ( introdução de gelo no anus)
( ) Sexo oral - Ativo
( ) Sexo oral - Passivo
( ) Sexo anal/ Coito - Passivo
( ) Introdução de plugs, vibradores no ânus
( ) Introdução de plugs, vibradores na vagina
( ) Introdução de bolas no ânus
( ) Introdução de bolas na vagina
( ) Atividades menstruada

Espaço para observações importantes:
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
- Ambos farão exames regularmente;
- A submissa toma anticoncepcional ou utiliza outros métodos para evitar gravidez? _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________.
- A submissa apresenta alergias? _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Entrevista com um praticante de BDSM com deficiência física

Cléber, tem 33 anos é de São Paulo, Dominador.


1- Sua deficiência é congênita ou adquirida?

R: Sofri um acidente em 2007 onde sofri uma queda de 9 metros. Na queda perfurei dois pulmões, quebrei a bacia e a coluna em algumas partes o que me resultou em uma lesão medular (paraplegia) fiquei paraplégico.


2- Como você se descobriu no BDSM?

R: Logo após a alta do hospital, chegar em casa e descobrir como seria minha vida de agora em diante, uma coisa me veio a mente: E agora a minha vida sexual? Minha ereção ficou prejudica devido a minha lesão um turbilhão de pensamentos surgiram em minha mente confesso. Mas um dia estava eu a fuçar o Orkut quando numa comunidade fetichista conheço uma garota, papo vai, papo vem, marcamos de sair e rolou de ficarmos juntos no mesmo dia. No meio das trocas de caricias a mesma me tira um chicote (flogguer da bolsa) e me fala Cleber usa isto em mim, mas me bata com força, como homem POR FAVOR! O medo tomou conta de mim naquele instante, pensei em larga-la ali, mas dei a chicotada mesmo assim, 1,2,5,varias,os gritos eram constantes, seu sexo escorria de prazer, ela gozou tanto com aquilo, que aquele tal ato de chicotear não saiu mais da minha cabeça e de minhas vontades, foi depois disto que comecei a pesquisar tudo sobre BDSM na internet, pois a então submissa que me apresentou a este universo era tão iniciante quanto eu.....


3- Você vive alguma relação atualmente ou se sente satisfeito com sessões?

R: Tenho uma submissa a qual agora em outubro completaremos um ano de D/s. Ela completamente iniciante, nunca havia tido qualquer informação sobre SM foi totalmente adestrada por mim. Mês a mês superando seus medos e anseios, claro que ainda existem limites entre nossa D/s, limites este que respeito, pois pra mim Dominação é obter o prazer de ambos e não apenas o meu.


4- Quais são as principais dificuldades encontradas para realizar as práticas que mais gosta?

R: O dominador usa de suas mãos para o spanking e de sua sabedoria para conduzir uma D/s, como só não mexo as pernas, não encontro nenhum tipo de dificuldade, mas pra você que esta lendo esta entrevista agora e é tetraplégico, ou possui algum tipo de deficiência saiba que você pode sim ser um dominador, quem falar ao contrario esta mentindo e não entende nada de BDSM.
5- Possui algum limite relacionado à sua deficiência?

R: Meu limite e não andar, apenas este rs


6- Você costuma lidar com o preconceito vindo de outros praticantes? Se sim que tipo de comentários fazem a seu respeito?

R: Imagina, fui muitoooooooooooo bem acolhido por outros praticantes do meio SM. Comentários a meu respeito são de que acha legal alguém superar tal deficiência dar a cara pra bater e mostrar que todos podem fazer e serem o que quiserem sem limites! Os limites as vezes somos nos mesmos que nos impomos. Dominadores que eu era fã e tive a oportunidade de conhecer porque me viram fazer cena na cadeira de rodas e acharam legal. Estou criando lindas amizades no meio e espero mantê-las.


7- Desde que passei a estudar sobre as deficiências mais comuns existentes, considero a deficiência física como a mais fácil de lidar desde que só afete a locomoção não outros quesitos como a sanidade, tenho esse pensamento pois sei que alguns tipos de deficiência podem oferecer perigo a quem pratica se não analisados corretamente e realizados uma adaptação se necessário. Você conhece outros praticantes com outro tipo de deficiência? Se sim poderia nos falar um pouco a respeito?

R: Olha não conheço outro top na cadeira de rodas como eu em SP pelo menos, mas sei que existem pessoas até cegas, tetraplégicas, sim no meio SM porque já me falaram.


8- Como foi para você se descobrir como praticante? Houve alguma forma de negação e aceitação de sua parte?

R: Ouve uma negação minha no começo, perguntas como: Será que estou ficando louco por gostar disto, será que sou normal? Mas acredito que numa
relação D/s onde se é feita com responsabilidade e cuidados, não existe nada de doentio e sim prazeroso.


9- Quais os cuidados que costuma tomar durante suas sessões?

R: Os cuidados são: respeitar a minha menina SSC TUDO SÃO, SEGURO,E CONSENSUAL !Sei o que posso ou não fazer com ela, pois foi eu quem a adestrei, sei como posso bater, com o que bater... Não sou sádico, apesar de gostar muiiiiiiiiito de spanking, não curto nada com sangue, este é um limite pra mim...


10- Sua deficiência afeta seu desempenho sexual? Se sim como você lida com isso? Foi fácil encontrar praticantes dispostos a ter uma sessão com você sem o pensamento de que não será prazeroso para ambos?

R: Sim, minha deficiência afetou a minha ereção, o que é algo extremamente importante para um homem... Bom, antes eu só dava prazer as mulheres, as fazia gozar e me sentia vazio, pensava: Poxa e eu? Minha ereção é ruim, só dou prazer, também quero voltar a senti-lo. Foi ai que resolvi viver minhas relações só de BDSM. Olha Ingrid, não vi preconceito nenhum comigo no meio quanto a submissas de eu ser paraplégico, pelo contrario vi muita aceitação! Sabe aquele ditado a curiosidade aguça os sentidos rsrs muitas delas tem esta curiosidade...



domingo, 9 de agosto de 2015

Figging


É uma prática de tortura física, que consiste em inserir uma raiz de gengibre no ânus ou na vagina da bottom.

Talvez com a variedade de produtos químicos, que hoje temos a mão, que “simulam” a sensação de ardência causada pelo gengibre, explique o pouco conhecimento acerca do figging. Apesar da controvérsia acerca da origem desta pouco conhecida prática, existem registros inequívocos de seu uso na Era Vitoriana. É de conhecimento geral que na chamada Era Vitoriana, várias práticas, jogos e “brincadeiras” eróticas eram experimentadas entre quatro paredes (gente finíssima). O “canning”, que era usado como forma de punir as mulheres “infiéis”, foi elevada a condição de prática erótica na mesma “animada” Era Vitoriana. Tudo indica que o gengibre era usado durante o canning para evitar que a pessoa punida retesasse as nádegas durante o castigo. Retesar a bunda enquanto uma raiz de gengibre esta em seu anus causa uma sensação intensa de ardência.

O gengibre é uma planta herbácea da família das zingiberáceas, cujo nome específico é Zingiber officinale e é originária da Ásia, mas foi levada para a Europa nos tempos das Cruzadas, onde havia a comercialização de especiarias.

O preparo da raiz deve ser feito escolhendo a raiz maior que for encontrada e de preferência bem fresca, porque quanto mais fresco for o
gengibre, mais forte é o efeito.

-Sempre entalhe a raiz em formato de plug (há uma boa razão pra o plug ter aquela base)
-Deve ser cortada com água para manter a firmeza e alguns gostam de preparar na frente da sub para deixa-la mais ansiosa.
-O Gengibre esculpido em forma de um Plug de 12 cm introduzido no anus ou na vagina da bottom.
- Com relação ao tempo para deixar alguns recomendam de 10 a 20 minutos, dependendo da sensibilidade da bottom
-Usa-se água como lubrificante, na hora de introduzir o gengibre, porque se usar um lubrificante, este poderá mascarar o efeito, servindo como uma camada isolante que impede que a bottom sinta o ardor.

Também existe a dica dos mais entendidos que dizem que conservando o gengibre na geladeira, dentro de um plástico hermeticamente fechado por alguns dias, aumenta digamos assim, os efeitos da raiz...rsrs

O gengibre possui uma característica que permiti essa entrada anal ou vaginal sem muitos problemas, pois seu efeito só se inicia com algum período de tempo, o que torna impossível a submissa disfarçar uma manifestação sonora quando o efeito começa.

Esta prática facilita, e muito, a penetração anal, pois permite que a bottom possa ser usada ainda sentindo o ardor, mas já como forma anestésica.

Segundo algumas bottoms, o efeito inicial é de uma leve ardência e certo frescor, mas depois sentem um calor tão grande, que as levam a ter orgasmos intensos e múltiplos mesmo sem serem penetradas e quando são, os orgasmos são intensificados.

Ao todo o efeito dura cerca de 20 minutos, e depois a intensidade cai drasticamente, mas a sensação ainda continua de 1 a 2 horas.
No BDSM o figging é perfeito pra manter a sub em posição para um bom spank já que impede a reação natural de contrair a bunda. A sensação que da é de calor, um fogo muito prazeroso.

Pode-se usar uma fatia fina presa ao clitóris por um prendedor de roupas a fim de aumentar ainda mais a excitação e ou se deixar em emersão um pedaço de gengibre em mais ou menos 40 ml de água por 24 horas e usar este liquido para ser derramado aos poucos sobre a vagina da bottom.

Texto escrito a partir de pesquisas colocadas em pratica...


domingo, 2 de agosto de 2015

A história de Fernando e Luana (PARTE 8)


Ele se levantou da cadeira onde estava sentado em frente ao computador, foi a cozinha tomar um copo de agua e voltou para continuar o que estava fazendo. Sentiu que estava quase se esquecendo de uma parte importante do contrato e a curiosidade tomou conta de si quando passou a digitar:
Espaço para observações importantes:
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- Ambos farão exames regularmente e apresentarão;
- A submissa toma anticoncepcional ou utiliza outros métodos para evitar gravidez? _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________.
- A submissa apresenta alergias? _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________.


Fernando sentiu-se curioso, pois apesar de ter conversado bastante com Luana, de já ter a tocado, não perguntou se ela tomava algum remédio para evitar filhos, alias sentia ciúmes em saber que outro já tinha a tocado antes dele. Estava feliz demais para pensar nesse tipo de coisa e balançou a cabeça para esquecer tais tipos de pensamento.

Terminou o contrato, deu novamente uma revisada, clicou em imprimir e foi para o banheiro fazer a barba e tomar banho. No banho ficou pensando em Luana, em seu corpo, em como ela iria estar vestida, qual seria seu comportamento diante de todos e diante de Aline. Ria sozinho feito bobo, estava tão empolgado que até esqueceu-se de comprar um presente para a aniversariante, iria apenas com os parabéns mesmo como a conhecia sabia que ela também nem fazia questão de ganhar presentes.

Até que a ideia de colocar os brincos que Aline havia esquecido em uma embalagem de presente lhe passou pela cabeça. Aline tinha um espirito alegre, nem iria ficar nervosa com a brincadeira, daria um ar engraçado a festa ao mesmo tempo em que a faria lembrar-se de seu passado com ele. Pensando nisso Fernando decidiu fazer tal brincadeira até para testar Luana e seu comportamento para saber se sentiria ciúmes ou qual seria sua reação. Saiu do banho, secou o corpo, passou perfume vestiu a calça preta, a camisa azul que havia separado, colocou as meias e os sapatos em seguida, faltava apenas pentear os cabelos e já estava pronto para sair. Após se arrumar foi a sala pegar uma caixa de sapato onde tinha algumas embalagens para presente, encontrou uma pequena caixinha e colocou os brincos de Aline dentro.

Enquanto isso Luana já tinha hidratado seus cabelos, tomado banho, estava colocando sua lente, pois não queria usar os óculos e não poderia ficar sem enxergar. Vestiu a calcinha de um conjunto de lingerie preto que nunca havia usado, foi pegar a roupa para colocar a roupa, vestiu a calça de couro preta e o corpete vermelho. Estava quase pronta quando começou a decidir que maquiagem passar, optou por uma sombra prateada para combinar com o esmalte e um batom rosa claro só pra dar um realce nos lábios, se olhou no espelho se sentindo maravilhosamente bem. No cabelo apenas colocou uma presilha preta e o deixou solto.

Foi em direção à sapateira pegar a sandália que iria colocar, era um calçado bem confortável e não era tão alto por isso ela adorava ele. Antes de calçar a sandália foi até o guarda roupa pegar a caixinha que guardava a fita preta com o pingente, possuía um pouco mais de um centímetro de largura com um fecho que preso ficava perfeito no pescoço. Após colocar a fita no pescoço Luana arrumou o pingente, vestiu a sandália e já estava pronta para sair.

Sentou-se um pouco no sofá para esperar o tempo passar, pois ainda era 16h15min. Enviou uma mensagem a Fernando escrito:

- “Olá Senhor, Já estou pronta, apenas aguardando dar o horário para irmos à festa de sua amiga”.
Fernando lendo a mensagem que acabou de receber decidiu responder perguntando se já poderia estar indo busca-la, queria ficar um pouco sozinho com sua futura submissa até passar na casa do amigo e irem à festa.

Luana concordou pegou uma pequena bolsa e saiu de casa para ir até o local combinado. Andando na rua começou a perceber que estava chamando atenção, não sabia se era pela roupa que estava usando ou o acessório que carregava em seu pescoço. Chegou ao local combinado para esperar seu futuro dono, seu coração estava acelerado, estava com muita vontade de abraçar ele, sentir seu perfume, sentir as mãos fortes dele em seu corpo que evidenciavam que ele teria controle sobre ela.

Enquanto mexia no celular ouviu uma buzina, era Fernando estacionando para que ela pudesse entrar no carro. Ela foi em direção a ele, abriu a
porta e entrou no carro. Ao fechar a porta e olhar para Fernando ela conseguiu perceber como ele a desejava, seus olhos queimavam, até que

Fernando falou para cortar o silencio:

- Você esta linda, cadê aquela menina parecida com uma criança que conheci?

Na hora ela corou de vergonha e simplesmente respondeu:

- Esta de folga senhor, hoje ela deu lugar a uma mulher decidida e ao mesmo tempo submissa que aflora.

Fernando ficou tremendamente feliz com essas palavras, passou a mão no rosto dela e a sentiu ofegar com seu toque. Luana fechava os olhos e tentava se inclinar mais para receber o toque das mãos quentes dele, adorava esse carinho, sentia que seu espirito de pet falava alto nesses momentos e sentia um enorme desejo de balançar o rabinho, latir, brincar. Ela tinha certeza que pet play seria uma pratica que iria adorar.

Fernando se aproximou dela, encostou o rosto no dela, foi até seu ouvido e falou:

- Tenho uma surpresa para ti hoje menina, espero que goste e que leve o tempo necessário para se decidir.

Ao ouvir essas palavras Luana ficou quieta, imaginando o que seria a surpresa, quando se lembrou do contrato, suspirou imaginando que fosse isso e a ansiedade começou a aumentar. Passaram uns minutos no carro conversando, falando de como foi a semana uma ao outro, colhendo mais informações um do outro. Quando Fernando avisou que já teriam de sair pra passar na casa do amigo e irem juntos para a festa.

No caminho ficaram em silencio, o coração de Luana disparava cada vez mais, ela olhava os prédios por onde passavam, as arvores nas calçadas, as crianças brincando na rua, lembrou-se que já conhecia o lugar por onde estavam passando e falou a Fernando:

- Quando eu tinha uns 9 anos morei aqui com meu pai, foi uma época difícil, ele estava brigado com minha mão e alugou uma casa aqui.
Fernando ficava pensando, Luana quase não falava do pai dela e ele tinha receio de perguntar a ela sobre isso.

A menina abriu novamente a boca e disse:

- Meu pai faleceu há 3 anos, antes que me pergunte. Ele tinha uma doença e não nos contou, mas nos deixou bem antes de ir. A casa ficou para minha mãe, um apartamento e dinheiro ficaram para mim, ele já sabia que iria morrer.

Os olhos dela estavam quase enchendo de lagrimas quando Fernando disse a ela:

- Não chore, esse é um dia muito feliz, se for para chorar que seja de alegria.

Ouvindo essas palavras Luana engoliu o choro que deu lugar a um lindo sorriso. Enfim ao chegarem no endereço do tal amigo, Fernando enviou uma mensagem a ele avisando que estavam esperando, o amigo respondeu dizendo já estar saindo, que estava com companhia e que Fernando se surpreenderia com isso. A curiosidade o deixava nervoso, odiava isso, pois não gostava de dar carona para estranhos por mais que fosse amigos de seus amigos.

A porta da casa em que o amigo morava se abriu e saiu uma linda mulher, com um salto enorme, toda de preto com uma maquiagem bem forte, havia um chicote de tira única nas mãos com um laço na ponta e um cartão. Realmente Fernando surpreendeu-se com quem era tal mulher e o que estava fazendo na casa de Caio. Conhecia-a de passagem, sabia que Aline sua ex-submissa tinha tido uma relação com ela antes de se conhecerem e não sabia que seu amigo queria tornar-se submisso o que acabava sendo engraçado, pois Caio dizia que isso era coisa do demônio. Fernando já tinha assunto para fofocar com os amigos e já sabia até o que falar.

Caio saiu logo atrás da mulher, fechando a porta da casa, foram andando em direção ao carro, conversando muito. Ao se aproximarem do carro Fernando e Luana saíram para cumprimentar o casal, a mulher cumprimentou primeiramente Fernando:

- Bom tarde, Senhor. Acho que já nos conhecemos de outra ocasião, mas vou me apresentar, eu sou a Domme Lara, já me relacionei com Aline como deve lembrar e agora pretendo me relacionar com seu amigo. - Falou Lara rindo da situação.

Ao ouvir isso Caio não sabia onde enfiar a cara sabia que Lara era direta, mas nem tanto e isso o deixava curioso para experimentar o mundo que tanto havia jugado. Fernando a cumprimentou rindo e apresentou Luana a ela. Lara a olhou de baixo para cima tinha um ar de desejo no seu olhar e

Luana ficava mais encabulada por estar sendo alvo dos olhos de uma mulher.

- É uma mulher muito bela, parabéns a ti Fernando, desejo muita sorte e que deixe lindas marcas nessa pele branquinha. - Lara falou a Fernando novamente soltando um lindo sorriso.

Ambos entraram no carro e partiram em direção a festa de Aline, Fernando e Caio foram colocando o papo em dia, enquanto as mulheres apenas ouviam. Fernando não se conformava com a mudança do amigo e a disposição em descobrir esses novos prazeres. Temia que essa mudança tivesse sido apenas por Caio estar gostando de Lara e que isso o faria sofrer. Depois teria uma conversa reservada com o amigo e o aconselharia a entrar nesse mundo para descobrir prazer e não para agradar uma mulher.

O tempo passou e já estava escuro, estavam próximo do lugar onde Aline estava dando a festa e precisavam apenas achar um lugar para estacionar, por sorte chegaram um pouco cedo e encontraram uma vaga perto da entrada.
Todos desceram do carro, checaram se não tinham esquecido algo e Fernando fechou os vidros e as portas do carro. Foram caminhando em direção a entrada...

(continua)


quinta-feira, 30 de julho de 2015

Como se tornar uma submissa?


Muitas meninas me perguntam se existe algo sobre como se tornar uma submissa, se existe algum texto com regras de como se tornar uma submissa, simplesmente repondo: não existe uma formula secreta para isso, pois a mulher quando sabe que pode ser submissa simplesmente sente, soa naturalmente, ela lê coisas e se identifica, ela sente excitação ao ter contato com a parte teórica do BDSM e as praticas que podem ser realizadas no BDSM.

Vejo muito desespero em muitas que dizem que querem se tornar submissas, mas não percebem que isso esta ligado ao próprio prazer, que não é um comportamento que pode ser forçado, alias forçar o comportamento de submissa é algo tremendamente falso, a encenação acaba não ocasionando prazer, logo qualquer pressão recebida a mais faz a pessoa desmoronar e desistir, mas no fundo o BDSM não era lugar para ela.

Submissão antes de tudo esta ligada com o prazer em se submeter, o amor e devoção surgem com o tempo, logo o amor no BDSM não é o principal objetivo, a submissão existe pelo prazer e não pelo amor. Olhando por esse lado também vemos aquelas que simplesmente dizem que aceitam tudo porque amam o “dono”, porque se sentem carentes e ao serem perguntadas o que lhes dá prazer não conseguem responder por conta de na realidade não sentirem prazer na submissão, mas sim gostarem da sensação de estarem acomodadas, apenas do carinho recebido.

Muitas querem ingressar no BDSM pelos motivos errados, tops podem ser homens protetores sim, até por que demonstram esses cuidados no after care, mas não é a principal característica deles, existe um conjunto de características a ser observados. Tops podem ser controladores, podem querer sua entrega parcial ou total no caso de uma escrava, mas eles não querem uma pessoa fraca, acomodada, que queira se entregar totalmente para se livrar das responsabilidades que a vida pode oferecer, ser escrava não é isso, ser escrava exige responsabilidade consigo e com tudo que o dono possui, pois passamos a cuidar de tudo do modo que ele quer, passamos a agir como ele gosta, passamos a gostar do que ele gosta, você realmente acha que deixar que ele tome decisões em sua vida a tornará mais fácil? Se sim seu lugar não é no BDSM.

Pode ser bonito textos com o titulo: 10 obrigações de uma submissa, 50 qualidades que uma submissa deve ter, bla bla bla, mas a pratica é outra coisa, as pessoa colocam qualidades como se apenas nós bottoms precisássemos delas, como se apenas nós precisássemos ser sinceras, educadas, inteligentes. Isso é necessário em todos os seres humanos, até mesmo fora do BDSM. Uma submissa quando encontra um top com quem negocia e aceitar ser treinada, ensinada por um determinado tempo simplesmente sente isso fazendo efeito em si, sente seus desejos se tornando realidade, sente seu comportamento sendo natural.

Naturalidade é a palavra chave para uma submissa iniciante. Normalmente se tem certeza e se pode repetir que se é submissa a partir do momento em que já tiver tido pratica na submissão, e quando digo pratica me refiro a sessões reais e não esses joguinhos virtuais em que a submissa assume postura de switcher fazendo as práticas ordenadas em si mesma. O nervosismo e timidez são características que muitas pessoas possuem, portanto deve ser observado quando esse nervosismo simplesmente surge onde existe mentira ou quando é apenas por ansiedade.

O conhecimento oferecido no BDSM irá aprimorar a sua submissão se ela já existir em você, caso contrario tudo servirá apenas de passa tempo e não ira se aprender nada, é necessário uma predeterminação para que realmente o BDSM faça sentido em sua vida e lhe dê prazer.

Uma submissa também necessita saber sobre BDSM, necessita pensar, necessita ter consciência e assumir os riscos oferecidos pelas praticas que lhe dão prazer, uma submissa é uma bottom porém não é um ser sem cérebro e sem vontade. A submissa que acha que não deve ter a obrigação de estudar sobre nosso universo, que só o top tem de saber as praticas e os cuidados esta redondamente enganada. Uma submissa deve saber o que é certo e errado, deve saber que o top pode fazer algo errado e embora tenha de confiar nele deve saber se tudo o que ele faz esta correto, caso contrario veremos uma onda de submissas culpando tops por erros que elas não souberam identificar.

Uma submissa iniciante deve saber que ela pode confiar em outras bottoms e até ter outra bottom como sua mentora, deve saber que não existe só mentor Top e que na realidade muitos aceitam mentorar com segundas intenções.
Nem todo Top faz o uso do mesmo tipo de treinamento e nem busca o mesmo tipo de parceira (o), tendo isso em consideração realmente não faz sentido algum a colocação de regras de como uma bottom perfeita deve ser. As pessoas são diferentes e é a afinidade e compatibilidade que as atraem.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Entrevista com um Podólatra


Me Chamo Escravo José, tenho 33 anos de Minas Gerais. Sou podólatra, misofilista e money slave atualmente.

1- Imagino que muitos descobrem o desejo por pés cedo, porém só depois descobrem nomes próprios para isso, como foi para você esse processo de descobrimento? Há quanto tempo você é podólatra?
R: Realmente eu descobri bem cedo, quando era criança já tinha certa admiração por pés de mulheres. Nessa época não sabia que o nome era podolatria, só fui saber bem posteriormente.
Hoje tenho 33 anos, pode-se dizer que sou podólatra desde os 12 anos de idade.

2- Quais as principais diferenças que você vê da podolatria sendo praticada no BDSM e fora dele?
R: No bdsm a podolatria assume uma forma de submissão (veneração e também admiração), já fora desse contexto a podolatria é mais uma forma de atração, admiração e beleza assim como outras partes do corpo como o bumbum por exemplo.

3- De acordo com uma fonte que consultei existem 29 vertentes na podolatria, como por exemplo, trampling, poderia nos explicar mais sobre elas e dar dicas para a realização com devidos cuidados?
R: Algumas vertentes:
Adoração leva o podólatra a obter excitação e prazer sexual no ato de ver, tocar com as mãos, lamber, cheirar, beijar ou massagear os pés de outra pessoa; muito raramente um fetichista pode ainda ter prazer quando os próprios pés são objeto dessas ações. O fetichista responde ao pé de uma maneira similar à que outros indivíduos respondem a nádegas ou seios. Mas é de notar que, no caso do podólatra, esse desejo direcionado para uma parte específica do corpo adquire o caráter pronunciado de fixação.

Footjob (Masturbação com os pés) promove prazer para o podólatra em ter seus genitais manipulados pelos pés do parceiro até o ponto de atingir o orgasmo e a ejaculação. Este é, provavelmente, o exemplo mais frequente de excitação com o uso dos pés capaz de levar à satisfação completa sem que haja penetração.

Trampling (Pisoteamento, ser pisado) é um fetiche que consiste no ato de um indivíduo ser pisado por uma ou mais pessoas, normalmente do sexo oposto, sendo mais comum uma mulher pisando num homem. O adepto deste fetiche sente-se excitado ao ser pisado por outra pessoa, descalça ou não, em várias partes do seu corpo, como peito, barriga e até mesmo cabeça e órgãos genitais. É muito comum o uso de salto-alto para a realização deste fetiche.

Crush Fetish (Crush, esmagar em inglês) soma podolatria e voyeurismo onde um ou mais indivíduos, ultilizando sapatos ou não, pisam e esmagam objetos, comida, insetos e até animais. O adepto deste fetiche, somando os sentidos de visão e audição, sente grande excitação ao presenciar e observar, normalmente alguém do sexo oposto, pisando e esmagando sob seus pés. Este fetiche em particular, também ligado a podolatria, é dos mais controversos devido a prática regularmente vitimizar um ser vivo, normalmente insetos e em alguns casos pequenos animais. Desperta também, portanto, pena e indignação. Os Estados Unidos no início do milénio, promoveram em larga escala, uma verdadeira “caça as bruxas” em sites do gênero hospedados em seu território .

Giantess, associado a podolatria consiste num fetiche imaginário, uma fantasia, o ato de submeter ou ser submetido à vontade, desejo e capricho de outrem e ser dominado (ou dominar) de maneira incondicional, já que a incompatibilidade de forças e tamanhos, torna o pequenino indefeso. Esta mesma incompatibilidade quando ligada a podolatria normalmente trás uma giganta malvada e terrível, sem nenhum escrúpulo ou medo de julgamento relacionados a integridade alheia normalmente culminando em adoração aos pés, torturas e esmagamento do próprio imaginante.

Ballbusting (Estoura, explode os testículos) Uma das várias formas do Cock and Ball Torture (Tortura do pênis e testículos) quando associado a podolatria, mulheres normalmente calçadas chutam, pisam e até pulam sobre o saco e escrotos do homem visando diversão e excitação. Cockbusting (Cock, pênis) Esta vertente transfere as práticas acima diretamente para o pênis.
E outras como Dirty feet, smelly feet etc....
Eu acredito que tendo a total conscientização de ambas as partes(no ato da realização) nãobvejo nenhum risco a saúde.

4- Pegando o gancho da pergunta anterior, qual sua pratica preferida e por quê?
R: Minha pratica preferida na podolatra é o smelly feet (ato de cheirar os pés). Amo chulés.
Pra mim que sou misofilista, o odor feminino dos pés é uma fonte de excitação completa.

5- Sou escrava e costumo beijar os pés de meu dono, pois sinto prazer em adorar ele, meu prazer não esta ligado aos pés, mas sim no ato de me submeter a ele sempre e estar aos pés dele me da esse sentimento. Tendo essas informações em mãos podemos dizer que a podolatria é mal compreendida e mal interpretada?
R: A podolatria assim como os outros fetiches sempre é vista com preconceitos e mal interpretada. Pessoas que não atração por fetiches dificilmente vão ver com bons olhos.
No seu caso a podolatria torna uma forma de submissão e adoração total pelo seu dono.

6- Para um podólatra é comum manter um relacionamento apenas por causa dos pés do companheiro (a)?
R: Creio que manter um relacionamento só por causa dos pés não, pois relacionamentos envolvem outros fatores também, porém se a companheira (o) saber usá-los bem a relação vai ser mais sólida.

7- Você já chegou ou considera possível chegar ao orgasmo com os pés?
R: Não digo só com os pés, mas sim com fantasias envolvendo eles. Creio que o orgasmo é garantido.
Sendo comigo, o cheiro dos pés femininos é o ponto fundamental.

8- É comum um podólatra recorrer a dominação profissional para realização de seu fetiche?
R: Creio que sim, é comum buscar novas fantasias podólatras. Fantasias essas que talvez o podólatra não encontre pessoas de mente aberta para realiza-las no mundo baunilha, daí recorrem à dominação profissional.


sexta-feira, 24 de julho de 2015

24/7 - O Dia internacional do BDSM


O Dia Internacional do BDSM começou a ser comemorado em Barcelona no ano de 2003 em um Clube de Encontro de amantes do BDSM chamado Rosas Cinco, no dia 24 de julho onde em números é 24/ e possui um significado no BDSM por conta das relações de vinculo integral entre top e bottom . Após isso começou a ser comemorado em outras partes do mundo incluindo o Brasil no Clube Dominna.
Quando se Vive o BDSM todos os dias após nossa entrada nesse universo, todos os dias se tornam motivo para comemoração;
- A aprendizagem continua é um motivo;
- Aprender uma nova base, liturgia, tríades são motivos;
- Entender todas aquela sopa de letrinhas é um motivo;
- Ultrapassar um limite e sentir prazer é um motivo;
- Ajudar um iniciante e ver que ele esta aprendendo é um motivo;
- A libertação de preconceitos que tínhamos é um motivo;
- Lutar contra o preconceito existente contra nós é um motivo;
- Desmistificar essa cultura envolvendo o BDSM é um motivo. Enfim tudo de bom que fazemos e recebemos são motivos para se comemorar,
tudo que fazemos pela propagação de informações corretas no meio, são motivos para comemorarmos.
Esse ano especialmente o dia de hoje possui para mim mais significado do que antes, pois agora posso dizer e repetir com todas as letras:
Esse é o meu primeiro ano em que tenho o BDSM como estilo de vida, em que posso dizer sou escrava e me orgulho dessa condição, em que vivo uma relação 24/7 real sobre a tríade TPE, que não vivo uma vida de mentiras, que simplesmente todos os dias posso olhar no fundo dos olhos de meu dono e repetir: EU TE AMO MEU DONO E SEMPRE SEREI SUA ESCRAVA.
Todos os dias de minha vida poderei sentir sua respiração, seu olhar sobre mim, sua voz, seu toque, enfim tudo que vim do senhor meu dono, pois nossa conexão é e sempre será única, inexplicável. Cada atitude sua possui lugar em meu coração, cada ensinamento seu possui lugar em minha memoria, cada impacto que causa em meu corpo possui sua marca...
Hoje desejo a todos um bom dia,
- Um bom dia para pensar e refletir sobre seus próprios atos;
- Um dia para se lembrar de quantos TOPs você já disse que amou esse mês e se valeu a pena ter mentido tanto, ter fingido uma entrega falsa ou ter confundido amor com desejo;
- Um bom dia para decidir parar de fingir e ser aquilo que não se é;
- Um bom dia para sair do mundo virtual e viver;
- Um bom dia para decidir fazer algo de util pelo BDSM ao invés de apenas compartilhar textos dos outros e na realidade nem entender o que foi que você compartilhou;
- Um bom dia para honrar o BDSM;
- Um bom dia para abrir os olhos e enxergar que não existe só o SSC sendo assim mais realista;
- Um bom dia para se perguntar eu sou monogâmico ou poligâmico?
- Um bom dia para pensar melhor na escolha do parceiro e não ficar se declarando a alguem que você nem conhece pessoalmente;
- Um bom dia para assumir que você quer aprender sempre mais e mais;
- Um bom dia para deixar de ser arrogante e passar real conhecimento para as pessoas ao invés de querer ser o fodão e não ter feito nada até agora;
- Um bom dia para entender que boa parte do conhecimento teórico que se possui só possui valor quando colocado em pratica e feito com frequência, a mente estaciona quando deixa de ser usada;
- um bom dia para parar de falar eu quero e pensar sera que posso ou que consigo?
Hoje no Dia Internacional do BDSM me pergunto, quantas pessoas das que falam que são praticantes realmente praticam algo?
Quantas são as pessoas que dizem ter relacionamentos BDSM realmente conhecem o companheiro pessoalmente e já tiveram sessões?
Quantas das bottoms que dizem ter irmãs realmente se amam?
Quantas das fotos que você compartilha dizendo ser você ou assinando a foto realmente é você?
Esses questionamentos nunca podem deixar de serem feitos...

terça-feira, 21 de julho de 2015

Bondage, algumas subcategorias e cuidados


Bondage é o termo usado para a imobilização, restrição de movimentos e sentidos. pode ser realizado com matérias diversos como:
- Cordas de cânhamo, juta, ou algodão (cada uma precisa de uma manutenção diferente), outros tipos podem queimar a pele e deixar de ser prazeroso;
- Algemas se for iniciante e não se sentir seguro completamente pode utilizar algemas com travas ao invés de chaves ou algemas de tecido/couro;
- Correntes;
- Braçadeiras;
- Fita silver tape; (serve para restringir a fala, por exemplo)
- Tecidos rasgados normalmente são usados como amordaça;
- Capuzes; (dependendo do modelo restringe a visão e a fala)
- Vendas; (restringir a visão)
- Amordaças, gag ball; (restrição da fala)
- Plástico filme;
- Prendedores;
- Cinto de castidade;
- Protetores de ouvido ou fone (restrição auditiva)


Deve-se estar atento quanto a segurança da pratica, a circulação e os nervos podem ser afetados no caso de um bondage malfeito, a respiração também é algo a ser observado pois existem também subcategorias mais complexas de bondage como por exemplo a mumificação. Se o bottom for claustrofóbico deve informar isso ao top, pois pode surgir complicações na prática.

É totalmente contraindicado fazer nós cegos nas cordas, pois no caso de um acidente demoraria um bom tempo pra soltar a bottom das cordas e pode ser sério. Dormência e a pele roxa são os principais sintomas de que algo esta errado e o bottom deve informar seu top isso e o top deve estar atento a tal situação. Tesoura sem ponta sempre em mãos no caso de algo mais complexo é uma boa saída também para soltar o bottom rapidamente.

Bondage acaba fazendo parte de alguns contos espalhados na internet e nesses contos sempre tem uma boa dose de bebida alcoólica, porém para sessões ou cenas no BDSM, drogas e bebidas alcoólicas são praticamente proibidas por colocarem as pessoas em estados alterados logo as pessoas não serão capazes de perceber um erro ou algo pior. Não queira imitar imagens da internet logo de cara (grande maioria é montagem ou exige muito mais conhecimento por parte do bondagista ativo).

Comece com imobilizações parciais, com o tempo vocês estarão aptos a realizar imobilizações totais, sempre se lembrando do uso da palavra e gestos de segurança. Não deixe o bottom tempo demais amarrado em uma mesma posição, tome cuidado com relação a correntes e algemas que podem apertar e machucar deixando hematomas. Com relação as algemas de metal, podem gerar um incomodo no caso do bottom ter suas mãos imobilizadas nas costas, então se ambos não gostarem de tal incomodo algemas de couro podem ser utilizadas por apresentarem uma maior adaptação, mas são mais frágeis do que as outras.


A Cruz de Santo André é um objeto bastante desejado por muitos praticantes, porém sua aquisição é difícil por necessitar de um espaço para ser fixado o que para muitos é impossível já que nem todos possuem um lugar fixo para realização de sessões. A Cruz é bem utilizada em sessões de SM, onde além da pessoa ficar presa estará recebendo spanking.

As articulações não podem ser apertadas, tornozelos, punhos, joelhos, cotovelos, não devem sofre nenhum tipo de compressão.

Existe também:

- Breast Bondage (Bondage de seios): técnica que consiste em amarrar os seios da bottom que pode também estar ligada a nipple bondage (bondage nos bicos dos seios).

Creio que dentro do Bondage existem subcategorias mais perigosas como por exemplo:


-Mumificação: Prática que consiste em enfaixar o corpo do bottom com um filme plástico dos pés à cabeça e por cima passar gaze ou silver tape. Deve-se tomar cuidado com relação à desidratação do bottom, suas necessidades fisiológicas, a posição em que esta, as articulações, a sua respiração, e outros fatores importantes como o tempo em que o bottom possa ficar mumificado;

-Selfbondage: Prática que consiste no bondage feito em si mesmo, deve-se tomar cuidado com relação ao que esta sendo utilizado e como esta sendo feita, também é indicado que tenha alguém supervisionando, pode ser considerada uma prática swtcher.


-Waterbondage: Pratica do bondage junto com agua, onde o bottom esta amarrado enquanto recebe jatos de agua sobre o corpo (nível soft) ou é imerso na agua (nível hard), deve-se tomar cuidado pois muitos bottoms possuem fobia por exemplo de piscinas, mar, então a pratica de imersão seria um limite rígido. No caso do bottom ter dificuldade de respirar não é uma pratica recomendada.


Existem posições de bondage que se tornaram mais conhecidas como por exemplo o Hogtie (imagem acima) que é quando a bottom tem suas mãos e pés imobilizados na parte posterior do corpo, dentro dessa posição existem algumas características diferentes que dão origem ao segundo nome: Hogtie Elbow, Hogtie Cuff, Hogtie Clássico, Hogtie Box, Hogtie Medical Restraints, Hogtie Strap.


Spread (espalhar) Eagles é quando o bottom esta com as extremidades dos membros presos, no caso das pernas cada uma presa em um lado da cama, seja com a parte anterior ou posterior do corpo virada para cima e os braços podem estar separados POSIÇÃO DE X do corpo ou juntos POSIÇÃO DE Y invertido (imagem acima).


Tem também uma posição chamada Jackknife ou canivente é quando o bottom é possui seus tornozelos atados juntos com os punhos tendo seu corpo sendo dobrado (imagem acima).


Frogtie é quando a bottom possui suas coxas sendo amarradas ao tornozelos de modo que as pernas fiquem abertas,onde o top pode brincar com a bottom, pode-se acrescentar a imobilização dos braços (imagem acima).

Observações: Nada de deixar as amarras soltas demais, nós bottoms gostamos da sensação de estarmos presas... Algo frustrante é no meio de uma sessão a conseguirmos nos soltar...